Joana Mortágua

Joana Mortágua

Deputada e dirigente do Bloco de Esquerda, licenciada em relações internacionais.

Ruth Ginsburg não podia morrer porque chegou àquele patamar em que as pessoas se tornam insubstituíveis. Mas sobretudo não podia morrer agora porque essa era a notícia que Trump esperava.

Portugal é o segundo país da OCDE com o corpo docente mais velho. Em dez anos, mais de metade dos docentes vão reformar-se e – atenção a este detalhe – não há ninguém para os substituir.

No Brasil, o mesmo movimento chamado “Escola Sem Partido” foi lançado por fanáticos para servir a campanha de Bolsonaro. A única diferença é que em Portugal os novos fanáticos acham-se moderados.

São mais de 1500 postos de trabalho diretos e cerca de 3 mil indiretos, muitos em situação de precariedade, que não lhes permite aceder a apoios sociais de desemprego.

Foi o Rei de Espanha, e não a democracia, quem decidiu se o pai vai ou fica, se perde ou mantém o título honorífico de Rei, se recebe ou deixa de receber o subsídio anual de 200 mil euros da casa real…

O terror de Santo Tirso mostra como o desinvestimento em políticas públicas de proteção dos animais é um erro. Como a inexistência de abrigos públicos é negligência coletiva.

Há pessoas que reconhecem a Amália pelo papel que ela teve na representação de Portugal. Para mim, a questão prende-se com o que é que ela fez ao fado, e o que é que o fado representa para Portugal.

Não era preciso uma pandemia para ver que o crescimento do emprego se estava a fazer à custa do salário mínimo e de contratos de curto prazo.

O negacionismo não se deve à ignorância: é um instrumento político de massas bem desenhado pela extrema-direita.

Olhando para a tragédia que pode acontecer, será assim tanto pedir à comunidade internacional que, mesmo em tempos de pandemia, ponha os olhos na Palestina?