Sociólogo, professor universitário. Doutorado em Sociologia da Cultura e da Educação, coordena, desde maio de 2020, o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto.
O PCP escolheu, uma vez mais, falar para dentro em vez de lançar pontes para fora. Aliás, quando tem de escolher entre a ponte e a porta, o PCP escolhe a última e fecha-a com estrondo.
Quando Marisa Monte diz “a gente não quer só comida/a gente quer comida, diversão e arte”, só pode estar a delirar ou a sonhar e sonhar é algo bem acima das nossas possibilidades.
O governo de esquerda está na ordem do dia e corresponde às legítimas expectativas de muitos e muitas. Nesta questão importa antes de mais falar com clareza, para desfazer equívocos e apressar o caminho de uma convergência.
A direção do PS clarificou a sua posição. Certamente muitos socialistas se questionam sobre o absurdo dessa “abstenção alternativa” de que fala Zorrinho.
Num indicador subjetivo como o da “satisfação geral com a vida”, os portugueses apresentam os mais baixos índices, só atrás da Hungria. O que significa desalento, sofrimento, infelicidade: a receita da troika para os nossos dias.
A Syriza tem demonstrado que o apoio social e a constituição de maiorias democráticas pode colocar engulhos tremendos à escalada da dividadura. E contribuir, mesmo, para o início da alternativa.