João Teixeira Lopes

João Teixeira Lopes

Sociólogo, professor universitário. Doutorado em Sociologia da Cultura e da Educação, coordena, desde maio de 2020, o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto.

A Irlanda é um formidável exemplo para o que nos vai acontecer.

Existe hoje um inefável triângulo na vida portuguesa constituído por Cavaco Silva, PS e PSD. Daí o Presidente ter dito o óbvio: não há tensão, está tudo em paz.

Algumas almas sensíveis ficam chocadas quando acuso a actual maioria da autarquia portuense de levar a cabo políticas de ódio. Reitero-o agora a propósito da recusa desta vil maioria em atribuir o nome de uma rua portuense ao falecido escritor José Saramago.

Pela primeira vez desde há muitas décadas, a geração de hoje viverá pior do que a dos seus pais.

O Primeiro-Ministro, por sua vez, considera que os bons resultados da selecção, na última década, têm ajudado a recuperações da confiança dos consumidores.

É fundamental que as pessoas, em particular as mais atingidas pela crise, incorporem a convicção contra-hegemónica de que há alternativas credíveis.

O Ministro Luís Amado defende o que a direita até agora nunca conseguiu: plasmar na matriz fundadora da democracia a perpetuação do capitalismo neoliberal.

Pela soleníssima mão do Senhor Presidente da República, as «indústrias criativas» ganharam uma aura de salvação nacional.

O apoio formal do PS a Alegre, se e quando surgir, virá mutilado e envenenado.

Longe vão os brandos costumes. A corrupção em Portugal é tudo menos branda e está indissociavelmente ligada à hegemonia do PS, PSD e CDS. O tristemente célebre arco governativo poderia apelidar-se, na verdade, de arco da corrupção.