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Francisco Louçã

Professor universitário. Ativista do Bloco de Esquerda.

Artigos do Autor(a)

14 de Fevereiro, 2007 - 00:00h

No período preparatório do referendo, surgiram muitos argumentos contra a sua realização. Segundo uns, tratar-se-ia de correr um risco desnecessário, porque o Parlamento teria maioria para votar a lei. Para mais, seria perder tempo. Segundo outros, o referendo é sempre arriscado, por natureza, e devem-se evitar os riscos. Esses argumentos têm uma justificação razoável: havia um risco no referendo. Mas são politicamente errados, na minha opinião.

13 de Fevereiro, 2007 - 00:00h

Os jornais, nos dias de balanço dos referendos, fizeram muitas apreciações, consoante os cronistas, os jornalistas e as suas opiniões. Mas uma parece ter vingado: a de que o movimento do Sim ganhou porque foi mais moderado do que em 1998.
Penso exactamente o contrário: que o Sim ganhou porque foi mais radical do que em 1998 e porque pretendeu assim disputar o que tinha a disputar, que era a maioria dos votos.

13 de Fevereiro, 2007 - 00:00h

Terminado o referendo, creio que é útil pensar e discutir em detalhe as suas principais lições. Esse é o objectivo desta crónica, e começo por um tema que é fundamental para definir uma estratégia para a esquerda política em Portugal: a esquerda deve ou não promover uma política unitária?

9 de Fevereiro, 2007 - 00:00h

O primeiro despacho da Agência Reuters acerca do referendo português tinha como título "Portugal testa a modernidade". A perseguição criminal às mulheres que abortam em Portugal é vista em toda a Europa como uma excentricidade e uma aberração - e em Portugal também. E esse foi o tema desta campanha referendária. E é por isso que o Sim aparece em posição de ganhar no domingo

30 de Janeiro, 2007 - 00:00h

Ao longo dos últimos dias, a campanha do Não parece ter explodido. Ninguém se entende, uns dizem uma coisa e outros o seu contrário. Uns querem punir e outros querem não punir. Uns falam da vida inviolável e outros das condições em que a mulher pode abortar e não ser presa.

29 de Janeiro, 2007 - 00:00h

Muitas pessoas têm dúvidas sobre como votar no Referendo. É por isso que escrevo para os Leitores do Correio da Manhã, com todo o gosto.
Já sabe que Voto Sim. Voto Sim porque todas as pessoas de bem ficam incomodadas pelos julgamentos das mulheres que abortaram. E porque acho que não podemos condenar essas mulheres a uma pena de prisão: desde o último referendo, 17 mulheres foram condenadas por aborto e muitas mais foram julgadas. Tenho vergonha por estes julgamentos.

16 de Janeiro, 2007 - 00:00h

O incómodo dos defensores do  Não é notório sempre que se lhes fala da realidade. Ribeiro e Castro veio "exigir" a retirada de um cartaz que apela a que as pessoas não se abstenham, porque assim permitiriam continuar a pena de prisão para as mulheres. Mas não, dizem os do Não, nenhuma mulher é presa - fraco argumento porque quer contradizer a realidade.

11 de Janeiro, 2007 - 00:00h

Dentro de um mês realiza-se o referendo sobre o aborto. Começa agora a fase final da campanha, que deve ser conduzida com inteligência, com alegria e animação e sobretudo com muita determinação. É por isso útil fazer um curto balanço da situação em que estamos agora, para escolher qual deve ser a estratégia para a vitória do SIM.

20 de Dezembro, 2006 - 00:00h

O parlamento discute hoje um projecto de lei do Bloco de Esquerda para impedir aumentos das tarifas da electricidade acima da inflação, nomeadamente para impedir o aumento de 6% que entrará em vigor dia 1 de Janeiro. Ao mesmo tempo, o Bloco está a fazer uma campanha em todo o país contra este aumento, com a distribuição de um comunicado à população (ver aqui o comunicado).

6 de Dezembro, 2006 - 00:00h

Está na moda um argumento curioso: a crise da direita é passageira, porque se cura mal voltar ao poder, a da esquerda é duradoura, porque se agrava quando está no poder. O director do Expresso, ou Pacheco Pereira, agora empenhado no novo programa do PSD, e tantos outros, dão corpo a esta teoria.

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