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Francisco Louçã

Professor universitário. Ativista do Bloco de Esquerda.

Artigos do Autor(a)

27 de Abril, 2009 - 00:00h

No dia 16 de Abril, o Parlamento aprovou na generalidade três propostas do Bloco de Esquerda: levantamento do segredo bancário, publicação das remunerações dos corpos gerentes das empresas cotadas e uma taxa sobre os pára-quedas dourados. Desde então, tem sido um frenesim: "confisco soviético" garante a primeira página do Jornal de Negócios de dia 20, "inusitada aprovação", lê-se nas páginas da mesma edição, "populismo" e "demagogia inacreditável", dizem à uma todos os comentadores ouvidos pelo jornal.

11 de Abril, 2009 - 00:00h

As respostas à visita de José Eduardo dos Santos a Lisboa são uma fotografia de alguns dos debates ideológicos e políticos mais surpreendentes. A visita em si não teria história: Portugal tem relações diplomáticas e económicas com Angola e deve receber e conversar com os seus representantes. Mas o festim neocolonial que foi erguido com esta visita é revelador dos tiques da economia e da política portuguesa.

17 de Dezembro, 2008 - 00:00h

O Fórum sobre Democracia e Serviços Públicos, realizado no passado domingo na Aula Magna em Lisboa, suscitou inúmeros comentários, especulações, críticas, angústias e interpretações. São todas reveladoras e demonstram o impacto da iniciativa.

27 de Outubro, 2008 - 00:00h

Sócrates não se ensaia: no mesmo dia em que é votado o Orçamento, a maioria absoluta do parlamento aprova o Código do Trabalho. Esta coincidência é politicamente calculada mas é também simbólica, demonstrando que, em ano de recessão, o governo apresenta como solução a precarização da vida social e a promoção do desemprego, com o autoritarismo patronal.

17 de Abril, 2008 - 00:00h

O acordo celebrado entre a Plataforma Sindical e o governo dividiu o movimento de professores. Houve quem com ele embandeirasse em arco, houve quem achasse que foi uma derrota trágica. Ainda bem que todas as visões foram e estão a ser discutidas nas escolas. Depois da grande manifestação e ainda mais depois do acordo, é fundamental definir uma estratégia para a luta ao longo destes meses do fim do ano lectivo e sobretudo ao longo do próximo ano. É sobre isso que quero apresentar aqui alguns argumentos.

3 de Abril, 2008 - 00:00h

A luta dos professores suscitou vagas de entusiasmo: finalmente a escola pública, a sua qualidade e democracia estão a ser defendidas. Mas provocou também, como não podia deixar de ser, vagas de indignação. Do governo, naturalmente, mas também dos seus mais tradicionais apoiantes no ataque à escola pública, os neoconservadores. A estratégia das escolas privadas começou por isso a apresentar os seus argumentos.

10 de Março, 2008 - 00:00h

A resposta da ministra à manifestação de professores é muito ilustrativa da sua incapacidade em resolver qualquer problema na educação: é irrelevante o número, diz ela. Só que o número indica que dois terços dos professores de todo o país se manifestaram em Lisboa. Nunca em toda a história política moderna tinha uma profissão com esta dimensão social mobilizado a grande maioria dos seus profissionais para combater uma política.

31 de Janeiro, 2008 - 00:00h

O último livro de Ítalo Calvino, Lições Americanas, inclui um conjunto de conferências de 1985, apresentadas nos Estados Unidos. "Ligeireza", "rapidez", "exactidão", "visibilidade" e "multiplicidade" são os termos de referência destas lições, que apresentam o romance contemporâneo como uma enciclopédia dos saberes e de comunicações. Calvino discute o sentido da profundidade e da crise nas ideias de hoje, contesta o efémero que domina a cultura e opõe a televisão, centro do artifício, à literatura, o lugar da reflexão. 

20 de Dezembro, 2007 - 00:00h

É muito raro, mas os principais comentadores dos mercados financeiros internacionais parecem estar de acordo quanto a um prognóstico para 2008: está a chegar uma recessão nos Estados Unidos. Pior ainda, esta recessão irá ter como efeito a conjugação de recessões simultâneas nos Estados Unidos como na Europa, como no Japão e nos mercados asiáticos.

19 de Dezembro, 2007 - 00:00h

A hipocrisia dos governos europeus pretende tratar a questão como um caso de polícia, como se fossem perigosos criminosos a invadir um país que lhes é estanho.
Mas o que estes imigrantes nos dizem é o contrário. Que querem viver, trabalhar, ser felizes, ter uma oportunidade. Têm direito a essa oportunidade.

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