Francisco Louçã

Francisco Louçã

Professor universitário. Ativista do Bloco de Esquerda.

No Fórum Socialismo de 30 deagosto a 1 de setembro e Braga, Francisco Louçã parte da compilação de lendas para discutir a "tripla aventura" que o orientalismo foi para a Europa dos séculos XVIII e XIX.

A finança-sombra já voltou a dominar a criação de crédito e o BES foi simplesmente substituído por outros agentes.

Rebelde que nunca se vergou, as suas convicções não mudaram com o ar dos tempos ou das conveniências.

O tom desta eleição europeia foi dado na semana passada quando o partido de Mark Rutte, o VVD, aceitou integrar a coligação governamental chefiada pela extrema-direita holandesa. Note-se bem neste facto: os liberais não só se aliam com a extrema-direita, como aceitam ficar sob sua tutela.

Vivemos uma crise de regime em que a hegemonia só é conseguida pela brutalização das relações sociais, com a criação de insegurança para a maioria das pessoas.

A bufonaria tem um programa social: recusa da transição energética, choque de gerações, discriminação de mulheres ou de imigrantes e a bagatela da violência, são essas as suas normas.

Este é um esplêndido negócio, protegido por silêncio e cumplicidades, visível nos países europeus da NATO, que em 10 anos aumentaram as despesas militares de €145 mil milhões para €215 mil milhões.

O Estado paga as pensões por ser obrigado a retribuir o tempo e valor dos descontos feitos durante a vida de trabalho. Está simplesmente a pagar o que deve.

A maioria PS decidiu estender o prazo de inscrição no regime fiscal dos residentes não habituais pelo ano de 2024, para pessoas que serão beneficiadas até 2034.

Os dois principais partidos orgânicos, PS e PSD, entenderam sempre que tinham o direito a governar por imposição paraconstitucional e que os que neles faziam carreira mereciam gratidão pública.