Belandina Vaz

Belandina Vaz

Dirigente do Bloco de Esquerda. Professora.

Quem pensa que a vida de professor é fácil está redondamente enganado, a profissão não é atrativa, os salários são baixos… O problema tem solução e a solução tem custos. A falta de solução, essa, tem custos bem mais graves e definitivos.

O ministério continua em falta com orientações às escolas que impeçam o caos no ensino à distância.

Tentar impor aulas por computador pode deitar a perder o terceiro período. Para o fazer o melhor possível vai ser necessária sensatez. A sensatez que falta a muitos diretores escolares e que o governo deve garantir com regras claras.

O primeiro-ministro já o admitiu: considerando a evolução da pandemia em Portugal, é provável que as escolas não abram portas no terceiro período. O que fazer então para que este ano letivo acabe da melhor forma possível?

A greve dos professores às reuniões de avaliação não é capricho, nem defesa corporativa por infindáveis privilégios.

O governo continua a tratar os professores com desdém. Devemos unir-nos para lutar.

A proposta de descongelamento das carreiras feita pelo governo aos sindicatos só pode ter como resposta o regresso às ruas da classe docente.

No descongelamento da carreira dos professores, o governo quer apagar quase dez anos de serviço. Esconderem a nossa antiguidade sai-nos caro… e não parecemos mais novas.

É urgente defender as nossas carreiras, a estabilidade e os salários.

Como está a Escola Pública após ano e meio de austeridade? Devastada. É o termo.