Ana Bárbara Pedrosa

Ana Bárbara Pedrosa

Escritora. Doutorada em Literatura, investigadora, editora e linguista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990.

Chegada há semanas, já no pós-eleições, não cheguei a estranhar os carros blindados, os soldados de cara tapada, as armas, e muito menos a contestação, já num burburinho crescente, em relação aos resultados por anunciar.

Aprovada a lei da autodeterminação de género, a questão que se coloca é o que aconteceu depois. Quais as dificuldades que as pessoas trans têm encontrado? Na prática, o que mudou? Como é que estas pessoas vêem a sua identidade e as suas escolhas respeitadas? Em que medida em que a autodeterminação esbarra na determinação alheia? Por Ana Bárbara Pedrosa.

O conflito não passa para segundo plano, porque é inerente ao eixo central da acção, mas o leitor perde-se nas vidas das personagens, montadas enquanto gente, não enquanto engrenagem da narrativa. As feridas que as décadas foram largando pelos anos vão aparecendo aos poucos, atando as pontas, construindo uma constelação em cada personagem. Por Ana Bárbara Pedrosa.

O romance de estreia de James Baldwin chegou a Portugal em 2019, 65 anos depois de ter sido escrito. Esta é considerada a sua obra mais importante e surgiu após a publicação, também pela Alfaguara, de “Se esta rua falasse”. Por Ana Bárbara Pedrosa.

O grande trunfo do romance será a exploração de uma vida quase marginal, com personagens convincentes, pese embora a tentativa de universalização da criança pela ocultação de género e de nome (“M.”). Tudo pesado, o que sobrevive após a leitura são as partes acutilantes e comoventes. Por Ana Bárbara Pedrosa.

O esquerda.net entrevistou Geovani Martins, autor carioca, a propósito do seu livro de contos “O sol na cabeça”, recentemente publicado em Portugal. Por Ana Bárbara Pedrosa.

O Esquerda.net falou com Mário Lúcio Sousa, cantautor, pintor, poeta, romancista, ex-ministro da Cultura de Cabo Verde, a respeito do seu último livro publicado em Portugal, “O diabo foi meu padeiro”. A entrevista focou-se no campo de concentração do Tarrafal, onde se passam as ações do romance. Por Ana Bárbara Pedrosa.

O seu carácter (quase) documental em nada sonega o interesse e a importância de uma magistral construção literária. A literatura faz, assim, o que só ela pode fazer: dá a alguém, através de um livro, um murro no estômago, e de inquietude. Um romance corpóreo e contundente. Por Ana Bárbara Pedrosa.

Podia ser muito fácil, de uma janela de uma favela do Rio de Janeiro, cair no exotismo ou no pântano interior. Mas não. Daquela janela carioca, vê-se o mundo. Por Ana Bárbara Pedrosa.

Num universo ficcional já tantas vezes comparado ao de Elena Ferrante, Rosa Ventrella explora um bairro de Bari, sul de Itália, nos anos 80. Ali, os verões são passados entre os becos e as ruelas, as crianças crescem pelas ruas, o nome de família dita o lugar social e inimigos, homens e mulheres são planetas diferentes. Por Ana Bárbara Pedrosa.