Tiago Gillot

Tiago Gillot

Ativista da Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis

Em pouco tempo e apesar das suas limitações, esta lei atingiu resultados inéditos: a impunidade foi finalmente desafiada, a atividade inspetiva tornou-se mais eficaz e foram regularizadas mais de mil situações de falso recibo verde.

O atual regime dos recibos verdes já demonstrou não ter remendo ou reforma possível. É necessário que seja substituído por um regime novo, que tenha a capacidade de responder à situação concreta das pessoas que o integram, mas que tenha também essa força de devolver a confiança. Por Tiago Gillot.

A precarização e o desemprego formam uma espiral de destruição da Segurança Social. Para derrotar a ofensiva ideológica, faz falta uma ampla convergência pelo direito ao trabalho com direitos. Artigo publicado emEscola Informação Digital.

A maioria de direita, com o apoio do PS, aprovou na passada semana o prolongamento dos contratos a termo por mais 18 meses.

A obsessão para alterar profundamente a Constituição corresponde a uma ofensiva ideológica e não a qualquer urgência prática.

O PES custará, pelas contas do Governo, 400 milhões de euros no primeiro ano; de uma assentada, foram oferecidos 510 milhões de euros ao BIC para ficar com o BPN.

O programa apresentado pelo Governo confirma com clareza a ambição de implementar um projecto antigo de regressão social: a alienação do património e das funções da Segurança Social.

A recuperação de um discurso antigo, as imagens de um povo simples e humilde, a invocação da sua “frugalidade” e “espírito de sacrifício”, são reveladoras da personalidade de Cavaco mas também do ciclo político que enfrentamos.

A chantagem em curso pretende transformar as eleições numa ratificação tranquila de uma política decidida contra as pessoas e nas suas costas. Mas terá de ser assim?

A apregoada modernização do Estado está bem mais longe da realidade do que a comunicação do Governo nos quer convencer.