António Chora

António Chora

Dirigente do Bloco de Esquerda. Coordenador da CT da Volkswagen AutoEuropa. Deputado municipal no concelho da Moita.

Os homens e mulheres de esquerda, os trabalhadores, os reformados e os desempregados, têm que construir uma real alternativa e recusar alternâncias disfarçadas. Essa alternativa tem que ser socialista e democrática.

Os atuais governantes aumentaram os níveis de pobreza até limites que muitas das atuais gerações nunca viram. O PS, com esta amostra de programa, vem na mesma linha, só que em vez de vir de TGV vem de comboio a vapor, mas a estação final é a mesma.

António Costa, ao dizer tudo e o seu contrário, quer o voto da esquerda política sem assumir compromissos, e assim ficar de mãos livres para continuar a ser alternância sem ser alternativa.

A Troika, ao mesmo tempo que diz que o excesso de austeridade é mau para a economia, exige da coligação de direita/extrema direita nacional o contínuo aumento da mesma em Portugal.

A crise do sector automóvel é hoje essencialmente europeia. Aos trabalhadores não basta lamentarem-se, é necessário apresentar alternativas.

O Governo, qual quadrilha, em reunião secreta decidiu suspender as reformas antecipadas para todos os que tiverem mais de 57 anos de idade e no mínimo 30 anos de descontos, decisão secretamente aceite e publicada pelo chefe.

Os portugueses têm todo o direito de esperar os seus governantes onde quer que estes vão e gritar-lhes aos ouvidos “deixem de nos roubar”.

Um povo conformado não altera políticas, um povo indignado pode fazer muito, e no momento certo, por si mesmo.

Os trabalhadores já provaram ser possível aumentar a produtividade sem aumentar horários, demonstraram pelo que produzem e nas condições e qualidade com que o fazem, que merecem as férias, os dias adicionais e as outras regalias que tem.

Apercebo-me que a estratégia de levar as pessoas a verem como uma inevitabilidade as medidas governamentais, está a confundi-las.