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Violência doméstica já matou 18 mulheres este ano em Portugal

A vítima do homicídio deste domingo em Famalicão tinha apresentado queixa por violência doméstica à GNR. Autor do crime suicidou-se em seguida.
Foto de Paulete Matos.

Otília Castro, operária têxtil com 56 anos, é a 18ª vítima de assassinatos em contexto de violência doméstica e conjugal este ano em Portugal. De acordo com o jornal Público, Otília tinha formalizado uma queixa por violência doméstica junto da GNR e o seu companheiro foi chamado na sexta-feira a depor no posto de Famalicão.

O corpo da mulher foi encontrado em casa já sem vida na manhã de domingo e o do homem ainda tinha sinais vitais, vindo a morrer na ambulância após entrar em paragem respiratória.  

"É preciso garantir proteção à vítima desde o primeiro alerta"

Para a deputada bloquista Sandra Cunha, “enquanto a violência de género contra as mulheres e a violência doméstica não forem encaradas enquanto problemas transversais e estruturais da sociedade e enquanto não merecerem a coragem de propostas políticas que alterem o paradigma, este vai continuar a ser o crime que mais mata em Portugal”.

Para erradicar este crime e garantir justiça e proteção às suas vítimas, há medidas concretas que devem ser implementadas, defende Sandra Cunha. Por exemplo, “educar para a igualdade de género, tirar o agressor de casa e não a vitima, mudar os procedimentos relativos à prova e ao testemunho das vítimas, garantir a sua proteção desde o primeiro alerta e exigir processos céleres que corram em tribunais especificos e com equipas especializadas”.

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