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Viana do Castelo: Sem transportes não há coesão nem combate às alterações climáticas

Jorge Teixeira, candidato do Bloco à Câmara de Viana do Castelo, apresentou os transportes como um dos principais pontos do programa eleitoral. Catarina Martins, presente na apresentação da candidatura, disse que “já provámos que somos capazes de mudar a política local, deem-nos mais força e faremos mais”.
Luís Louro, Jorge Teixeira e Catarina Martins - Foto de Andreia Quartau

Na apresentação da candidatura autárquica do Bloco em Viana do Castelo, realizada esta segunda-feira, o candidato à Câmara Municipal, Jorge Teixeira, começou por destacar as “três linhas orientadoras" do programa eleitoral: "a primeira é a coesão, a coesão territorial, económica, social; a segunda é o combate às alterações climáticas e tudo o que isto engloba, a transição energética e os desafios, mas também as oportunidades, que encerra nas mudanças estruturais que precisamos de fazer na vida das pessoas; por último, as formas de exercício do poder e a representação democrática”.

Para Jorge Teixeira, “não há coesão sem acesso aos transportes e também não se fará qualquer combate às alterações climáticas sem introduzirmos os transportes nas vidas das pessoas”. O candidato teceu críticas ao plano de mobilidade da CIM Alto Minho, considerando que "mesmo as suas melhores metas” nos "deveriam envergonhar a todos".

O centro histórico foi outro dos assuntos abordados pelo candidato bloquista à Câmara Municipal. Jorge Teixeira informou que foram gastos mais de 20 milhões de euros nesta zona, sobretudo em requalificação de habitação de tipologia T1 ou T0, o que demonstra que Viana do Castelo “não é uma cidade amiga das famílias".  "Curiosamente, o centro histórico é onde os privados mais investem, mas ao mesmo tempo onde vive menos gente”.

Por sua vez, Luís Louro, atual deputado municipal e candidato à Assembleia Municipal de Viana do Castelo, salientou a luta do Jorge, técnico de radiologista e que integra as listas do Bloco no concelho, “que desempenhou funções no Hospital de Viana do Castelo" e "foi aquele que mais se evidenciou na luta que os técnicos de radiologia travaram nos últimos meses para continuar a poder trabalhar no local que sempre trabalharam. É, neste momento, o único que não foi readmitido”.

Depois de enumerar as diversas propostas e intervenções ao longo do mandato, Luís Louro referiu que isso foi feito só com um deputado municipal e um eleito na Assembleia de Freguesia da Cidade, “imaginem com vereadores no Executivo Municipal e mais deputados na Assembleia Municipal e na Assembleias de Freguesias”.

Catarina Martins, que também esteve presente na apresentação, começou por mostrar a sua solidariedade com o radiologista Jorge, que “tem feito uma luta extraordinária por todos os trabalhadores e quando alguém tem a coragem de se levantar, nas condições mais difíceis, e luta pelo seu posto de trabalho, luta por todos os postos de trabalhos deste país”.

A coordenadora nacional do Bloco considera que “já provámos que somos capazes de mudar a política local, dêem-nos mais força e faremos mais”.

Catarina Martins diz que houve um tempo em que o debate sobre a água recaia em qual era a melhor empresa privada para fazer o serviço mas “hoje as experiências de privatização da água deram errado, muitas experiências intermunicipais também e aquilo que se debate em todo o país, e bem, é como é que é possível ter serviços municipais de água capazes, que assegurem a água a preços justos”.

“Mudámos a capacidade das Assembleias Municipais fazerem fiscalização, e o Luís Louro é um belo exemplo desse trabalho incansável. As Assembleias Municipais eram algo de que não se ouvia falar há uns anos, havia esta ideia que a democracia local era votar de quatro em quatro anos”, afirmou, acrescentando que “o Bloco de Esquerda em todas as Assembleias Municipais do país, e aqui em Viana do Castelo, provou que era possível fazer diferente”.

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