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Viana do Castelo: Sem transportes não há coesão nem combate às alterações climáticas
Na apresentação da candidatura autárquica do Bloco em Viana do Castelo, realizada esta segunda-feira, o candidato à Câmara Municipal, Jorge Teixeira, começou por destacar as “três linhas orientadoras" do programa eleitoral: "a primeira é a coesão, a coesão territorial, económica, social; a segunda é o combate às alterações climáticas e tudo o que isto engloba, a transição energética e os desafios, mas também as oportunidades, que encerra nas mudanças estruturais que precisamos de fazer na vida das pessoas; por último, as formas de exercício do poder e a representação democrática”.
Para Jorge Teixeira, “não há coesão sem acesso aos transportes e também não se fará qualquer combate às alterações climáticas sem introduzirmos os transportes nas vidas das pessoas”. O candidato teceu críticas ao plano de mobilidade da CIM Alto Minho, considerando que "mesmo as suas melhores metas” nos "deveriam envergonhar a todos".
O centro histórico foi outro dos assuntos abordados pelo candidato bloquista à Câmara Municipal. Jorge Teixeira informou que foram gastos mais de 20 milhões de euros nesta zona, sobretudo em requalificação de habitação de tipologia T1 ou T0, o que demonstra que Viana do Castelo “não é uma cidade amiga das famílias". "Curiosamente, o centro histórico é onde os privados mais investem, mas ao mesmo tempo onde vive menos gente”.
Por sua vez, Luís Louro, atual deputado municipal e candidato à Assembleia Municipal de Viana do Castelo, salientou a luta do Jorge, técnico de radiologista e que integra as listas do Bloco no concelho, “que desempenhou funções no Hospital de Viana do Castelo" e "foi aquele que mais se evidenciou na luta que os técnicos de radiologia travaram nos últimos meses para continuar a poder trabalhar no local que sempre trabalharam. É, neste momento, o único que não foi readmitido”.
Depois de enumerar as diversas propostas e intervenções ao longo do mandato, Luís Louro referiu que isso foi feito só com um deputado municipal e um eleito na Assembleia de Freguesia da Cidade, “imaginem com vereadores no Executivo Municipal e mais deputados na Assembleia Municipal e na Assembleias de Freguesias”.
Catarina Martins, que também esteve presente na apresentação, começou por mostrar a sua solidariedade com o radiologista Jorge, que “tem feito uma luta extraordinária por todos os trabalhadores e quando alguém tem a coragem de se levantar, nas condições mais difíceis, e luta pelo seu posto de trabalho, luta por todos os postos de trabalhos deste país”.
A coordenadora nacional do Bloco considera que “já provámos que somos capazes de mudar a política local, dêem-nos mais força e faremos mais”.
Catarina Martins diz que houve um tempo em que o debate sobre a água recaia em qual era a melhor empresa privada para fazer o serviço mas “hoje as experiências de privatização da água deram errado, muitas experiências intermunicipais também e aquilo que se debate em todo o país, e bem, é como é que é possível ter serviços municipais de água capazes, que assegurem a água a preços justos”.
“Mudámos a capacidade das Assembleias Municipais fazerem fiscalização, e o Luís Louro é um belo exemplo desse trabalho incansável. As Assembleias Municipais eram algo de que não se ouvia falar há uns anos, havia esta ideia que a democracia local era votar de quatro em quatro anos”, afirmou, acrescentando que “o Bloco de Esquerda em todas as Assembleias Municipais do país, e aqui em Viana do Castelo, provou que era possível fazer diferente”.
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