Os protagonistas do caso que pode levar à impugnação das decisões da vereação lisboeta entre maio e dezembro de 2024 voltam a ser notícia. Diogo Moura, o vereador do CDS que suspendeu o mandato em maio do ano passado após ser acusado de fraude em duas eleições do partido, regressou em dezembro quando o tribunal de instrução concluiu que não o podia levar a julgamento porque aquele tipo de crime “no decorrer de eleições internas dos partidos, não está tipificado na lei portuguesa”. Joana Oliveira Costa, que o substituiu em maio em condições que estão a ser investigadas pela Inspeção Geral de Finanças - pois à sua frente na lista estava outro candidato do CDS que nunca renunciou ao mandato e até continuou a ir a reuniões de Câmara - deixou o cargo em dezembro. 17 dias depois, noticia a CNN Portugal, a vice-presidente da Juventude Popular foi contratada por Diogo Moura para assessorar o seu gabinete, num ajuste direto orçado em 37.525 euros anuais.
Em comunicado, a vereação lisboeta do Bloco de Esquerda considera “imprudente” a decisão do vereador Diogo Moura de contratar a ex-vereadora Joana Oliveira Costa para exercer funções de assessoria no seu próprio gabinete.
“Recordamos que foi precisamente Joana Oliveira Costa quem esteve recentemente envolvida num processo ainda por resolver. Como é do conhecimento público, Carlos Moedas efetuou substituições de vereadores, nomeadamente da ex-vereadora Joana Oliveira Costa, que podem colocar em causa despachos, contratações e decisões da câmara, estando estas a ser alvo de uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças”.
Por essa razão, o partido entende que aquela contratação não devia ser efetuada enquanto “esta questão não está resolvida”.