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Vacinação pode chegar aos maiores de 30 anos já em junho

Para evitar desperdício de vacinas, a inoculação da Janssen para maiores de 50 anos pode vir a decorrer em simultâneo com a da Pfizer e Moderna para maiores de 30 anos. O processo de vacinação vai acelerar no Algarve, a região onde a vacinação está mais atrasada.
Foto de Carlos Barroso | Lusa

A confirmar-se o aumento da quantidade de doses a chegar a Portugal nas próximas semanas, a partir do mês de junho poderá arrancar a vacinação para os maiores de 30 anos, ao mesmo tempo que decorre a vacinação nas faixas etárias dos 40 e 50 anos. Em declarações ao jornal Público, o coordenador da task force, Gouveia Melo, confirmou que “vamos abrir mais do que uma faixa etária sequencialmente, mas quase ao mesmo tempo”.

A previsão é que uma semana depois de começar a inoculação dos maiores de 50 anos, se comece com os maiores de 40 anos e mais tarde com os de 30.

Esta estratégia tem como objetivo evitar o desperdício de vacinas das doses da Janssen, já que em Portugal só está recomendada para maiores de 50 anos, o que pode levar a que uma pessoa de 30 anos seja vacinada antes do que uma de 50.

Assim sendo, os menores de 50 anos serão inoculados com vacinas da Pfizer e da Moderna, enquanto se administram as doses da Janssen aos maiores de 50. No entanto, a task force alerta que esta estratégia pode ser alterada se a atual recomendação sobre as doses do grupo Johnson & Johnson se alterar. 

Foi anunciado também que o processo de vacinação vai acelerar na região do Algarve, já a partir da próxima semana, justificando com que a região tem as taxas mais baixas de vacinação porque tem a camada da população mais jovem.

Em comunicado, referem que “tendo em conta que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve é a ARS com a menor percentagem de população vacinada no momento, quer com uma dose, quer com a vacinação completa, entendeu-se que se deveria reforçar a vacinação nesta região, de forma a aproximar a taxa de vacinação da ARS Algarve das percentagens das restantes ARS, sem a necessidade de elaborar um processo específico de identificação de grupos prioritários”.

Auto-agendamento traz problemas aos centros de saúde

O alargamento do auto-agendamento para os maiores de 55 anos gerou milhares de inscrições, que aguardam em lista de espera. Até às 19 horas desta quinta-feira, o portal tinha recebido mais de 552 mil agendamentos.

Muitas pessoas estão à espera de resposta há mais de uma semana quando a confirmação deveria ter ocorrido em 72 horas.

O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Nuno Jacinto, disse que o auto-agendamento está a gerar “caos e muitas pessoas reclamam com os profissionais, que não têm culpa” e acrescentou que “as duas agendas (central e local) não estão bem sincronizadas, a transição não tem sido fácil e a pressão e o ruído são grandes”.

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