Há 47 anos que se organiza a manifestação intitulada “marcha pela vida”. Esta sexta-feira, os defensores da criminalização do aborto voltam a reunir-se com um apoio inédito. Pela primeira vez, um presidente do país estará presente.
O protesto marca a data em que o Supremo Tribunal dos EUA decidiu o caso Roe versus Wade e que resultou na legalização do aborto no país. Em 2018 Trump enviara uma mensagem vídeo em direto a partir da Casa Branca. O ano passado, o seu vice-presidente, Mike Pence, estive presente nesta marcha. Este ano o presidente volta a vincar o seu apoio a esta causa desta vez com a presença física.
Jeanne Mancini, presidente do comité organizador da marcha, sublinhou esse apoio constante de Trump: “desde a nomeação de juízes e trabalhadores federais pró-vida, aos cortes de fundos provenientes do pagamento de impostos aos abortos feitos aqui e no estrangeiro, até ao apelo para acabar os abortos tardiso, o presidente Trump e a sua administração têm sido campeões pró-vida consistentes e o seu apoio à Marcha pela Vida tem sido inabalável.”
Trump restringe vistos a mulheres grávidas
Ao mesmo tempo que foi conhecida a presença de Trump no comício intitulado “pró-vida”, tornou-se pública uma outra decisão do presidente norte-americano sobre natalidade. Donald Trump quer restringir a emissão de vistos de entrada no país a mulheres grávidas.
As limitações à imigração têm sido uma constante da sua administração. Depois de ter limitado a entrada de pessoas de vários países com maioria muçulmana, Trump prepara-se, ainda este mês, para alargar estas restrições a mais países, não sendo ainda claro quais serão.
Contudo, é a primeira vez que, em vez de um país, um grupo particular como as mulheres grávidas é atingido. Trump tem-se manifestado preocupado com o “turismo do parto”, acusando mulheres de viajarem para o país apenas para que os filhos ganhem um passaporte dos EUA já que, segundo a constituição, quem nasce no país tem direito à nacionalidade.
A legislação anunciada pretende dificultar a entrada de mulheres grávidas com visto turístico obrigando-as a ter de apresentar as suas razões para entrar no país a um delegado consular que julgará o caso.
Não se conhecendo os pormenores da decisão, fica por saber com que critérios estas decisões poderão ser tomadas pelos delegados consulares e como e de que forma os serviços de fronteira tomarão decisões acerca da eventual gravidez de uma mulher.