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Tratamentos de radioterapia em risco no Instituto de Oncologia de Lisboa
A TSF voltou a alertar nesta segunda-feira, 26 de julho, para a falta de profissionais de saúde no Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
A rádio salienta que em 2020, 1.260 doentes tiveram de ser encaminhados para o setor privado, o que custou dois milhões e meio de euros.
“Absoluta necessidade de qualificar as carreiras”
À margem de uma visita na Póvoa de Varzim, a coordenadora do Bloco de Esquerda contou que em 2019 reuniu com a direção do IPO de Lisboa e o Bloco concluiu que “eram precisos mecanismos para fixar profissionais”. “Fizemos alguns avanços para a dedicação exclusiva, nomeadamente no debate do Orçamento de Estado para 2019. O Governo nunca concretizou nenhuma das medidas. O OE para 2021 não tinha qualquer medida para fixar os profissionais do SNS e o Governo tudo o que fez foi pedir ao Presidente da República para colocar no decreto do Estado de Emergência que os profissionais de saúde ficavam proibidos de sair do SNS” durante esse período, explica, salientando que quando o Estado de Emergência terminou muitos profissionais de saúde começaram a sair do SNS.
Há uma “absoluta necessidade de qualificar as carreiras”, contar os tempos de serviço como deve ser, dar carreiras a todos os profissionais do SNS, carreiras em que os profissionais possam sentir-se reconhecidos”, declarou Catarina Martins.
Ministério das Finanças não autoriza
A TSF lembra na sua reportagem que em junho passado tinha noticiado que o IPO tinha perdido 50 profissionais de saúde, com o fim do estado de emergência. O Governo prometeu ser rápido mas, um mês e meio depois, o processo pouco avançou.
Em resposta a uma pergunta da rádio, o IPO de Lisboa informou que foi autorizada a contratação de 20 médicos. O Ministério da Saúde comprometeu-se com a contratação de 36 enfermeiros, 26 assistentes operacionais, quatro físicos médicos e 12 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, mas o Ministério das Finanças não autorizou a contratação destes 78 profissionais de saúde.
A TSF alerta que três dos sete aceleradores lineares correm o risco de parar, pondo em causa os tratamentos de radioterapia do IPO de Lisboa e também dos doentes que são enviados pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.
Segundo a TSF, o IPO de Lisboa que trata e acompanha 57 mil doentes por ano, precisa de um reforço de 364 pessoas até ao final do ano.
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