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Trabalhadores dos call centers da EDP iniciam greve de 3 dias

Trabalhadores da Empresa de Trabalho Temporário Randstad, que prestam atividade nos call centers da EDP, arrancam esta quarta-feira com uma greve que dura até sábado. Na quinta-feira organizam manifestação entre o Metro do Cais do Sodré até à Assembleia da República.
Na quinta-feira, os trabalhadores concentram-se na saída do Metro do Cais do Sodré, a partir das 9:30.

Através de um comunicado, o Sindicato das Industrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI) informa que os mais de 1500 trabalhadores da multinacional que prestam atividade nos call centers da EDP estão em luta “contra a precariedade cada vez mais acentuada, pela recusa de negociação das reivindicações, a falsa prestação de serviços existente nos call centers da EDP, gerando milhões de lucros, e pelo trabalho com direitos”.

A greve deve paralisar os serviços de atendimento, reparação de avarias, faturação, contratação e de reclamações dos clientes da EDP, entre outros, e poderá provocar significativos atrasos na reposição de energia elétrica a particulares que registem falhas no fornecimento.

“Estas consequências, se dúvidas existissem, são a demonstração de estarmos perante serviços que são imprescindíveis para a EDP desenvolver as suas atividades, obrigações e responsabilidades, legais e contratuais, perante as instituições oficiais e os clientes”, afirma o sindicato.

Os trabalhadores reclamam pela sua integração no quadro de pessoal da EDP, visto que o “outsourcing” atribuído à Randstad "configura uma falsa prestação de serviços e, por isso, um expediente destinado a embaratecer os custos do trabalho e a manter a precariedade laboral extrema, no que a Lei, como temos afirmado, se mostra como de necessária alteração para o impedir e não, como sucede, incentivar".

Os trabalhadores lutam, ainda, contra a tentativa das empresas (EDP e Randstad) deslocalizarem o trabalho da operação EDP de Lisboa para Elvas, depois dos trabalhadores que prestam este serviço terem sido informados da possível extinção dos seus postos de trabalho.

Na quinta-feira, os trabalhadores concentram-se na saída do Metro do Cais do Sodré, a partir das 9:30, de onde se deslocarão para a sede da EDP- Energias de Portugal, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, para exigir ser recebidos pelo presidente da administração, António Mexia, depois de ter sido solicitada atempadamente uma reunião.

Seguem às 11:30 em direção à Assembleia da República, onde se concentrarão às 12:00 horas, com o objetivo de serem recebidos pelos grupos parlamentares e, dessa forma, obterem respostas às reivindicações já apresentadas noutras iniciativas já desenvolvidas e darem conhecimento daquilo que o SIESI designa ser "o agravamento do seu quadro laboral". O Sindicato já realizou ainda um pedido de audiência com o ministro do Trabalho.

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