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Trabalhadores dos bares dos comboios tentaram voltar ao trabalho, a CP mandou a polícia

Há cinco meses que os trabalhadores da Risto Rail estão impedidos de exercer funções e têm os salários reduzidos. A empresa ameaça mesmo não lhes pagar mais. Esta quinta-feira tentaram voltar aos postos de trabalho mas foram recebidos pela força policial a mando da CP.
Agentes da PSP. Foto da CGTP.
Agentes da PSP. Foto da CGTP.

Em comunicado lançado esta quinta-feira, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal informa que os trabalhadores da Risto Rail, a empresa concessionária dos bares dos comboios da CP e que pertence ao grupo alemão Lufthansa, se apresentaram pelas 6.40 no Alfa Pendular e pelas 6.50 no Intercidades, na estação da Campanhã, Porto, para ocupar os seus postos de trabalho mas foram impedidos.

De acordo com o sindicato, a CP deverá ter tido conhecimento prévio da decisão tomada pelos trabalhadores uma vez que solicitou a presença da polícia. Os trabalhadores tentaram entrar nos comboios para seguir para o seus postos de trabalho, os bares. Só que, quando entraram, “os seguranças, aos empurrões e logo a seguir a PSP, impediram os trabalhadores de permanecerem nos seus postos de trabalho, ameaçando-os com o uso da força”.

A direção sindical classifica a atuação da PSP como ilegal “pois as autoridades não se podem intrometer na atividade sindical e laboral”.

Há cinco meses que os 120 trabalhadores da Risto Rail têm salários reduzidos e estão impedidos de exercer funções, enquanto CP e concessionária estão em disputa sobre os bares dos comboios de longo curso. A CP considera o serviço irrelevante, suspendeu o serviço mas não cancelou o contrato e deixou de pagar à Risto Rail desde Março, causando-lhe um prejuízo de 1,1 milhões de euros. O grupo LSG/Lufthansa, a que esta empresa pertence, respondeu que não transferiria mais dinheiro. Assim, é o salário dos trabalhadores que está em causa.

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