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Trabalhadores das rodoviárias em greve, sindicatos denunciam notificações ilegais
Esta segunda-feira, Fectrans e Sitra convocaram uma greve dos trabalhadores das empresas de transporte rodoviário privadas. É o terceiro protesto seguido, depois de greves nos dias 20 de setembro e 1 de outubro, e promete não ser o último porque já está marcada mais outra greve para o dia 2 de dezembro.
Os sindicatos contestam as propostas de atualização salarial entregues pela ANTROP, a Associação Nacional de Transportes de Passageiros, e a Transdev. Estas apenas querem conceder um aumento de 10,5 euros por mês, a primeira, e de 10, a segunda. Para as estruturas sindicais, tratam-se de propostas “muito distantes” das que pretendiam, uma vez que correspondem a uma “atualização de 0,33 euros por dia, que nem dá para beber mais um café". A sua contraproposta é um salário base para motorista de 750 euros e uma atualização em igual percentagem para os outros. E ainda uma atualização do subsídio de refeição "nos mesmos termos percentuais" do aumento do salário do motorista.
Fectrans denuncia entrega ilegal de cartas de notificação para serviços mínimos
Entretanto, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações denuncia que há empresas do sector privado rodoviário de passageiros que “estão a entregar a trabalhadores cartas de notificação de serviços mínimos, o que é ilegal, pelo que as mesmas não têm qualquer valor”.
Os sindicalistas apelam aos trabalhadores “que informem o seu sindicato de todas estas anomalias e de todas as notificações que lhes forem entregues, para se poder agir judicialmente se for caso disso” e afirmam que a melhor resposta a dar “a despachos que procuram limitar o direito à greve dos trabalhadores do sector privado rodoviário de passageiros” é defender “um direito constitucional garantido como um direito fundamental”.
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