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Trabalhadores da TST em protesto por aumento de salários e melhores condições laborais

Trabalhadores da Transportes Sul do Tejo cumpriram o segundo dia de greve e promoveram uma concentração em Almada, na qual esteve presente a vereadora do Bloco na autarquia. Joana Mortágua realçou como a “degradação do serviço prestado à população” também corresponde à degradação das condições laborais.
Autocarros dos TST em Cacilhas - Foto wikimedia
Autocarros dos TCT em Cacilhas - Foto wikimedia.

“Esta é a empresa das ex-rodoviárias que tem os ordenados mais baixos de toda a Área Metropolitana [de Lisboa]”, afirmou um motorista de Sesimbra Francisco Fonseca, em declarações à agência Lusa.

O trabalhador sinalizou que foi apresentada uma proposta à empresa de “750 euros de ordenado base”.

“É o que estamos a exigir, que tenhamos melhores salários e melhores condições de trabalho para podermos proporcionar à população e aos passageiros que transportamos umas boas condições”, explicou.

Neste segundo dia de greve, cerca de 250 trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) concentraram-se na rua Dom Nuno Álvares Pereira, em Almada.

“Nós tivemos uma reunião com a administração da empresa no passado sábado, que finalmente apresentou uma nova proposta que ficou muito aquém daquilo que são as reivindicações”, adiantou Fernando Fidalgo, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

De acordo com o dirigente sindical, a TST propôs um aumento dos atuais 673 euros para 685 euros e a implementação de um sistema de folgas rotativas, contudo, “os trabalhadores reivindicam já e de imediato 700 euros na tabela salarial com retroativos a janeiro deste ano”.

Ao protesto seguiu-se uma reunião com a presidente da Câmara de Almada, que o sindicato espera que “pressione a administração da TST para resolver o conflito”.

“Nós esperamos que a presidente da Câmara de Almada reconheça que a TST é uma empresa que tem prestado um mau serviço aos utentes. Tem uma frota particularmente envelhecida, tem um elevado índice de corte de carreiras, não se preparou para o aumento da taxa de ocupação verificado com os novos passes sociais e têm ficado muitos utentes nas paragens”, afirmou.

A deputada e vereadora do Bloco na Câmara de Almada, Joana Mortágua, referiu que a “degradação do serviço prestado à população” também corresponde à “degradação dos trabalhadores”, que “recebem abaixo da média salarial do seu setor”.

Segundo Joana Mortágua, a degradação do serviço tem vindo a piorar desde que entrou em vigor o novo passe social, em 1 de abril, não existindo “nenhum reforço por parte da administração” em termos de carreiras, o que tem causado “queixas de muita gente que fica nas paragens”.

Esta é a terceira vez que os trabalhadores paralisam por 48 horas, reivindicando aumentos salariais e a redução da carga horária, tendo registado esta segunda-feira uma adesão na ordem dos 90 a 95% e a supressão de carreiras entre Setúbal e Lisboa, conforme avança a Fectrans.

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