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Trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit continuam luta contra despedimento coletivo

Trabalhadores e trabalhadoras insistem com o Governo na procura de alternativas de emprego face aos 130 despedimentos e pedem reuniões a ministérios e grupos parlamentares. Vão continuar junto à fábrica, realizarão novas ações e apelam à solidariedade.
Trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit lutam contra despedimento coletivo, manifestação em Lisboa a 25 de setembro de 2021 – Foto Miguel A. Lopes/Lusa
Trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit lutam contra despedimento coletivo, manifestação em Lisboa a 25 de setembro de 2021 – Foto Miguel A. Lopes/Lusa

Segundo a CGTP, trabalhadores e trabalhadoras da Saint-Gobain Sekurit estiveram reunidos durante toda a manhã e decidiram prosseguir a luta contra o despedimento coletivo, pela defesa do emprego e pela reconversão produtiva da fábrica.

Os trabalhadores e seus representantes concluíram que o processo de despedimento coletivo de 130 trabalhadores terminou sem acordo entre administração e trabalhadores, na reunião da passada quinta-feira, e decidiram prosseguir a luta, aprovando novas ações.

Assim, decidiram solicitar uma nova reunião com o Governo (ministérios da Economia e do Trabalho) para exigir respostas e apresentar propostas de reconversão da produção da fábrica, com o objetivo de defesa do emprego e a valorização das qualificações e competências dos trabalhadores.

Os órgãos representativos dos trabalhadores vão também pedir reuniões aos grupos parlamentares da Assembleia da República, assim como a outras instituições.

De acordo com a notícia da CT da Saint-Gobain Sekurit, da FEVICCOM (Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro) e do STIV (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira), a situação na empresa está a ser acompanhada pelo Comité de Empresa europeu do grupo Saint-Gobain, que reuniu esta semana.

Trabalhadores e trabalhadoras, que estão há mais de um mês à porta da fábrica e realizaram quatro desfiles e concentrações em Lisboa, vão continuar junto à fábrica, irão realizar novas acções e apelam ao reforço do apoio e da solidariedade da população, sublinhando que a luta é justa e digna e visa defender a única fábrica que transforma o vidro automóvel em Portugal.

Em declarações ao Expresso, Fátima Messias, coordenadora da FEVICCOM, declarou: “Independentemente de a empresa avançar para o despedimento coletivo, vamos defender junto do Governo alternativas de emprego para todos e um uso alternativo para a fábrica de Santa Iria da Azoia dentro do sector do vidro”. A reunião pedida aos ministérios da Economia e do Trabalho deverá realizar-se na próxima semana para analisar propostas existentes sobre o futuro da fábrica e dos trabalhadores.

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