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Trabalhadores da Plural Entertainment estão em greve contra incumprimento de acordo

Até ao próximo dia dez e depois em 13 de janeiro, os trabalhadores da Plural Entertainment estão em greve parcial. Segundo o Cena-STE, quatro em cinco equipas de gravação pararam e a quinta também esteve representada no piquete de greve no primeiro dia.
Trabalhadores da Plural em greve em frente à empresa. Janeiro de 2020.
Trabalhadores da Plural em greve em frente à empresa. Janeiro de 2020. Foto de CENA-STE.

Os trabalhadores da produtora televisiva pertencente ao grupo MediaCapital estão num processo de luta que começou dia sete e que se estende até dia dez e que regressa depois no dia 13 de janeiro.

Trata-se de uma greve parcial feita a partir da oitava hora de trabalho que o sindicato CENA-STE diz ser “consequência direta e inevitável do incumprimento, pela Plural Entertainment Portugal, S.A., do acordo firmado com o CENA - STE em 2018”.

O acordo que a administração da Plural não cumpriu foi assinado em março do ano passado, depois de um processo de luta que tinha levado os trabalhadores à greve entre 3 e 10 de dezembro de 2018. Previa a “redução gradual do horário máximo de trabalho, devolvendo quase 500 horas por ano aos trabalhadores” e “aumentos salariais escalonados beneficiando os trabalhadores com salários mais baixos”.

De acordo com o mesmo em 2019 aconteceriam negociações para se continuar “a recuperar direitos dos trabalhadores e otimizar a necessária reorganização da empresa com o objetivo de atingir as oito horas de trabalho diário”.

Como tal não foi cumprido, o protesto avançou. E, no primeiro dia, avança o sindicato, foi um sucesso: quatro das cinco equipas de gravação escaladas pararam e a quinta também esteve representada no piquete de greve.

Os trabalhadores da Plural consideram “inaceitável voltar a aumentar o horário base diário de trabalho como pretende a administração” e dizem que há 15 anos que não recebem “aumentos significativos”.

Esta é precisamente a primeira das quatro exigências que realçam no comunicado do CENA-STE. Pretendem que os aumentos sejam “significativos para todos os trabalhadores” mas querem “especial atenção aos que auferem menos de 1.250,00€ brutos por mês”.

O horário de trabalho é outro dos pontos centrais das suas preocupações. Os trabalhadores da Plural pretendem ter um horário de nove horas mas uma, até às 45 horas semanais e que cada um das cinco horas acima das 40 semanais seja paga “com um cachet (valor pago por função em dia extra) ou folga, mediante opção individual do trabalhador”.

Para além disso, exigem a manutenção das cláusulas pecuniárias existentes enquanto não passarem para o vencimento base e a implementação de tabela de horas extraordinárias.

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