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Trabalhadores da Petrogal em greve a partir de quarta-feira

Um dos objetivos da paralisação passa por parar a ofensiva da Administração contra a contratação coletiva e os direitos sociais. A greve tem início às 0h da próxima quarta-feira e termina às 6h de segunda-feira.
Foto de Estela Silva/Lusa.

Em comunicado divulgado na semana passada, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) sublinha que, “como o Governo e a administração da Petrogal e do Grupo Galp Energia persistem em fugir às suas responsabilidades”, resolveu dar “seguimento à decisão dos trabalhadores de prosseguir a luta, convocando um novo período de greve para os dias 26 a 31 de Julho”.

A federação “considera incompreensível que, perante os esforços desenvolvidos para procurar um entendimento pela via negocial, o ministro do Trabalho continue sem remarcar uma reunião que ficou suspensa há quase um mês”.

“Nessa altura, aceitou-se a suspensão da reunião, face à necessidade de dar prioridade a outras acções do Ministério relacionadas com as consequências dos fogos florestais. Mas agora é injustificável o Governo querer ignorar que os trabalhadores da Petrogal continuam a sofrer os mais brutais ataques aos seus direitos laborais e sociais, sem precedentes em toda a vida da empresa”, lê-se na missiva.

A Fiequimetal assinala ainda que “tratando-se do cumprimento dos direitos, da lei e da Constituição, o que se verifica é que, uma vez mais, o Governo toma a opção de estar ao lado do poder económico e contra os trabalhadores”.

No comunicado “recorda-se que, precisamente há um ano, gente importante e com exigentes funções governativas teve tempo para ir de carroussel a Paris, às custas da GALP e da Petrogal, para «apoiar» a selecção nacional  de futebol”.

No pré-aviso de greve, são sinalizados os objetivos que nortearam o agendamento do protesto: parar a ofensiva da Administração contra a contratação coletiva e os direitos sociais; melhorar os salários e a distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores; lutar contra a eliminação de direitos específicos dos trabalhadores por turnos e contra a desregulação e o aumento dos horários, incluindo por via do famigerado «banco de horas», que visam pôr os trabalhadores a trabalhar mais por menos salário; e defender os regimes de reformas, de saúde e outros benefícios sociais, alcançados com muita luta, ao longo de muitos anos de trabalho e de riqueza produzida.

Em declarações à agência Lusa, Armando Farias, coordenador da Fiequimetal, indicou esperar uma “adesão forte” à greve, acrescentando que, quanto a consequências, a avaliação será feita depois de iniciada a paralisação.

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