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Trabalhadores da Coelima dizem que insolvência é “caso de polícia”

Plenário de trabalhadores recebeu com agrado a notícia de uma proposta de compra da empresa, que promete assegurar os postos de trabalho.
Plenário de trabalhadores da Coelima esta segunda-feira.
Plenário de trabalhadores da Coelima esta segunda-feira. Foto José Coelho/Lusa

A quase centenária fábrica têxtil de Guimarães parecia ter os dias contados depois da administração liderada pelo fundo ECS Capital ter apresentado o pedido de insolvência. Para o líder do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira, trabalhador na empresa desde 1968, a gestão dos últimos dez anos que acumulou prejuízos até chegar ao ponto atual “é um caso de polícia, que merece uma investigação criminal”.

“A decisão de apresentar à insolvência só tinha uma finalidade: matar a empresa”, referiu o sindicalista, citado pela agência Lusa, no plenário realizado esta segunda-feira na fábrica que emprega mais de 250 trabalhadores. Na passada quarta-feira, a atual administração confirmou que não iria apresentar um plano para a recuperação da empresa.

Nas vésperas do plenário, a que assistiu a secretária-geral da CGTP, surgiu uma nova esperança para estes trabalhadores, com a chegada ao Tribunal de Comércio de Guimarães de uma proposta para a aquisição da empresa por parte de um consórcio local. A proposta prevê a manutenção dos postos de trabalho, bem como a assunção dos direitos e antiguidade dos trabalhadores.

“Se não tivesse surgido esta proposta, hoje era o último dia da Coelima. Estava tudo planeado para isso, as certidões de óbito [papéis para o desemprego] já estavam elaboradas”, afirmou o sindicalista, que irá reunir na sexta-feira no Ministério da Economia para apelar à ajuda do Governo neste processo. “O Estado pode ajudar, e muito, através da Caixa Geral de Depósitos, que é um dos maiores credores”, lembrou Francisco Vieira.

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