Trabalhadores da Algar e Amarsul em luta

29 de novembro 2021 - 22:35

Os trabalhadores das duas empresas de tratamento de resíduos grupo Mota-Engil, no Algarve e na Península de Setúbal, entraram em greve por aumentos, subsídio de risco e vinculações. O sindicato saúda a “forte adesão”.

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Trabalhadores da Algar em greve. Foto do Site-Sul.
Trabalhadores da Algar em greve. Foto do Site-Sul.

Os trabalhadores da Algar e Amarsul, ambas empresas de tratamento de resíduos do grupo EGF, da Mota-Engil, a operar, respetivamente, no Algarve e na Península de Setúbal, entraram em greve nesta segunda-feira.

A paralisação na Algar será de dois dias e, entre 27 de novembro e 1 de dezembro, haverá também greve ao trabalho suplementar. O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, Site-Sul, justifica esta forma de luta devido ao “descontentamento pela recusa de aumentos salariais” e com a reivindicação de um subsídio de risco por lidarem com resíduos perigosos. A proposta de aumentos da empresa “apenas abrangia cerca de metade” dos perto de 400 trabalhadores da Algar. Pretende-se ainda o aumento do subsídio de refeição que há vários anos é atualizado.

À Lusa, Eduardo Florindo, coordenador deste sindicato, esclareceu que os centros de triagem de Portimão e Faro e o Centro de Valorização Orgânica de São Brás de Alportel “estão parados e só estão a ser garantidos os serviços mínimos”. O balanço é assim de “uma forte adesão, até mais do que esperávamos”.

Trabalhadores da Amarsul em greve. Foto do Fiequemetal.

No caso da Amarsul, que para além do Site-Sul também tem trabalhadores representados pelo STAL, a greve será de cinco dias. Segundo os sindicatos, a empresa “não deu respostas às justas reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente aumentos dos salários”, bem como dos subsídios de refeição e transporte.

Luta-se igualmente pela reversão imediata dos cortes efetuados no subsídio de turno, pela redução do período normal de trabalho, pelo regresso ao direito ao dia de Carnaval como feriado, pela passagem ao quadro de todos os trabalhadores com vínculo precário a ocupar postos que correspondem a necessidades permanentes da empresa e pelo direito a um período mínimo de férias de 25 dias úteis. As questões da criação de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco e de um subsídio de risco rodoviário também são levantadas.

Num primeiro balanço, o Site-Sul informou que “a luta teve adesão total, estando paralisados os ecoparques de Palmela e do Seixal”.

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