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Tentativa de atentado contra a vice-presidente colombiana travado

Francia Márquez, vice-presidente da Colômbia, denunciou esta terça-feira que as forças de segurança encontraram e desativaram um engenho explosivo de sete quilos, colocado na estrada que leva à sua residência de família na aldeia de Yolombo, em Suárez, no Departamento de Cauca, para onde se deslocava.
O relatório policial indica tratar-se de uma bomba artesanal com uma mistura de “uma substância altamente explosiva” à base de nitrato de amónio e alumínio em pó, com pregos e um detonador que foi objeto de uma explosão controlada pela brigada anti-explosivos. E dadas “as características e localização do artefacto, o pessoal dos serviços de inteligência e segurança concluiu que se trata de um evidente atentado contra a senhora vice-presidente”. Esta ação policial foi desencadeada depois da equipa de segurança da governante ter sido alertada da presença de “pessoas suspeitas” naquela estrada.
Integrantes de mi equipo de seguridad hallaron un artefacto con más de 7 kilos de material explosivo en la vía que conduce a mi residencia familiar en la vereda de Yolombó, en Suarez, Cauca. El mismo fue destruido de manera controlada por personal anti explosivos de la SIJIN. pic.twitter.com/gUpYQVOfFD
— Francia Márquez Mina (@FranciaMarquezM) January 10, 2023
A ex-empregada doméstica e ex-ativista ambientalista e primeira afro-descendente a ocupar este cargo, num também inédito executivo de esquerda, tem sido alvo de insultos racistas e de ameaças. E mesmo antes já tinha sido visada por ataques devido ao seu ativismo. Por isso, na sua conta de Twitter, diz tratar-se de “um novo atentado à minha vida” mas, garante, que “não deixaremos de trabalhar, dia após dia, até alcançar a paz total com que a Colômbia sonha e de que necessita. Não desistiremos até que em cada território seja possível viver em verdadeira harmonia”.
Em 2014, Márquez foi obrigada a sair da sua zona de residência após ter recebido um telefonema em que foi ameaçada de que seria tempo de “ajustar contas” devido ao seu ativismo contra a mineração ilegal. Em 2019, fora alvo de um ataque com um granada e uma espingarda. Em agosto passado, um veículo da comitiva presidencial de Gustavo Petro foi atacado por tiros e um membro da comitiva ficou retido durante horas por um grupo armado não identificado.
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