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“Temos a responsabilidade de garantir pensões dignas a quem trabalhou toda a vida”
Catarina Martins acredita que “em vez do discurso da próxima crise”, é preciso ter “uma estratégia para o país, proteger salários, pensões, fazer investimento, ter visão de futuro”. “É assim que se evitam as crises”, afirmou esta terça-feira.
Assim, a coordenadora do Bloco considera que uma “economia forte e qualificada” e uma “democracia justa” passam pelo aumento das pensões, principalmente as mais baixas, permitindo “que quem tem 40 anos de descontos e 60 de idade tenha a reforma por inteiro”. “É isso que faz justiça a quem trabalhou toda a vida”, afirmou.
Citando casos de pessoas com uma carreira contributiva de 50 anos e pensões muito abaixo do salário mínimo, perguntou-se: “Alguém neste país acha justo que uma pessoa, depois de ter trabalhado 50 anos, tenha uma pensão de 300 euros?” É esse o país que queremos ou somos capazes de melhor?”.
A coordenadora do Bloco defende que é prioritário “dar pensões dignas a quem trabalhou e descontou a vida toda e construiu este país, pôs este país a andar e criou desenvolvimento” e que “temos a responsabilidade de garantir pensões dignas”. “Não é nenhum prémio, não é dar nada, é o que as pessoas merecem”, disse aos jornalistas.
Salientando que é a recuperação de rendimentos que tem permitido uma economia mais forte, defendeu que “agora, há que olhar de frente para o problema de termos um país com gente que trabalhou tantos anos e ter uma pensão que não lhes chega ao fim do mês”.
Assim, “o caminho das pensões justas tem de existir”, o que passa por aproximar o valor das pensões mais baixas do valor do salário mínimo nacional. “Gente que constrói este país tem de ser tratada com dignidade”, rematou.
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