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TAP: Ministério da Finanças “faz de conta que não sabe nada”

Catarina Martins defendeu este domingo que “fica cada vez mais difícil que o ministério das Finanças continue a fazer de conta de que não sabe nada do que se passa na TAP” quando tem a sua tutela partilhada.
Avião da TAP. Foto de Oliver Holzbauer/Flickr.

À margem da reunião da Mesa Nacional do Bloco do Esquerda deste domingo, Catarina Martins foi questionada sobre as notícias a propósito do relatório da Inspeção Geral de Finanças ao caso da indemnização milionária que envolve a ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.

A coordenadora do Bloco, começou por ressalvar que esse documento não é conhecido e que há questões jurídicas que nesse âmbito devem ficar mas não deixou de comentar as questões de responsabilidade. Para ela, “fica cada vez mais difícil que o ministério das Finanças continue a fazer de conta de que não sabe nada do que se passa na TAP”. A dirigente partidária sublinha que

“a tutela da TAP é uma tutela dividida entre as Infraestruturas e as Finanças” e que “do ponto de vista da nomeação dos representantes do acionista Estado é uma responsabilidade do Ministério das Finanças como é também as injeções de capital”.

Catarina Martins acrescentou que o Bloco é “difícil de compreender que o Ministério das Finanças tenha feito tanto esforço para desconhecer tudo o que se passava na TAP”. E acredita que “essa é uma boa matéria para a Comissão de Inquérito”. Mas há outras coisas que nela devem ser apuradas como “o negócio de David Neeleman e a forma como colocou a TAP a colocar a sua própria compra da empresa”, acreditando que estes facto se inserem no âmbito de uma comissão de inquérito que é “sobre os atos que lesaram o interesse público” desde o período da privatização.

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