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STRUN, o sindicato de camionistas da CGTP que também está em greve

O STRUN está em greve por questões como o descanso obrigatório e as horas extraordinárias. A ANTRAM declarou que o seu pré-aviso de greve viola o Código de Trabalho e ameaçou com a marcação de faltas não justificadas e processos disciplinares mas os trabalhadores mantiveram a mobilização.
Trabalhadores do STRUN em manifestação no Porto.
Trabalhadores do STRUN em manifestação no Porto. Foto STRUN.

Com as atenções voltadas para o sindicato dos motoristas de matérias perigosas, a greve do STRUN, Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte, que faz parte da FECTRANS e da CGTP, tem passado despercebida.

Esta greve, que começou na passada segunda-feira e que está marcada até às 24 horas da próxima terça-feira, abrange cerca de mil motoristas de mercadorias da zona norte do país nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.

O STRUN comunicou na passada sexta-feira que vai manter a greve até à data prevista apesar de, segundo o seu coordenador José Manuel Silva, em declarações à agência Lusa, reconhecer que “já se conseguiu em algumas empresas esclarecer algumas cláusulas”, de aceitar “o acordo para o aumento a partir de janeiro” e de pensarem que “relativamente a 2021 e 2022 há tempo para negociar”.

Só que há problemas importantes por resolver como o descanso obrigatório ou as horas extraordinárias, uma vez que algumas empresas “todos os dias colocam os trabalhadores a fazer horas extra”.

Em comunicado publicado a 9 de agosto, os trabalhadores tinham deixado claro que “a ANTRAM embora admita que as nossas reivindicações são justas e que as empresas estão a deturpar algumas cláusulas e outras que têm mesmo de ser revistas (…) mas não está disponível para o fazer de imediato”. Por não se querer deixar “ir em promessas”, o STRUN mantém a greve “independentemente do que venham outras organizações sindicais a fazer” e apela aos trabalhadores para “se manterem firmes na defesa dos seus direitos”.

Esta é uma greve que resistiu às ameaças de marcação de faltas injustificadas, de processos disciplinares e de pedidos de indemnização por parte das entidades patronais. Isto porque a 31 de julho a ANTRAM tinha declarado que o pré-aviso de greve do STRUN violava o Código do Trabalho.

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