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Sobem pedidos de apoio de emergência de estudantes do superior

Os fundos de apoio social para situações de carência de várias universidades e institutos politécnicos registam aumentos de pedidos. Alojamento e alimentação são as questões mais prementes.
Estudantes do ensino superior. Foto de Paulete Matos.
Estudantes do ensino superior. Foto de Paulete Matos.

Para além de haver mais de 72 mil bolseiros no Ensino Superior, em várias universidades e institutos politécnicos tem-se registado um aumento dos pedidos de apoio aos FAS, os fundos de apoio social para situações de carência.

A informação é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias que analisou as situações de algumas instituições e concluiu que estão a crescer pedidos de alojamento, de alimentação, para informática.

Os exemplos apontados passam pelo Instituto Politécnico do Cávado e Ave, no qual em 2021 tinha havido 34 pedidos de ajuda ao fundo emergência. O ano passado subiram para 46 e o valor das ajudas aumentou 74%. Sendo que este ano o aumento será ainda mais acentuado dado que em janeiro os pedidos eram já 49.

A Universidade do Porto não tem dados comparativos, uma vez que o fundo de apoio extraordinário apenas existe desde outubro do ano passado, mas confirma um aumento de pedidos "particularmente no apoio ao alojamento e alimentação".

Por sua vez, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro informa que no ano letivo anterior tinham sido atribuídas 20 bolsas extra num esquema de convénios com outras entidades e que este ano foram 150 "no valor global de 75 mil euros".

A aumentar estão também alguns dos sistemas chamados “bolsas de colaboração” em que os estudantes se candidatam e trabalham em troco de um pagamento. Da UTAD chegam notícias que no ano passado 36 estudantes integravam este sistema, ao passo que este ano, até fevereiro, eram já 39. A Universidade do Porto, que tem um sistema semelhante, dá conta também de aumento, assim como o Politécnico de Viana do Castelo, cujo presidente, Carlos Rodrigues, nota um aumento de pedidos de estudantes dos PALOP que não têm apoios no âmbito da ação social escolar.

A Universidade do Minho tem um Programa de Apoio Informático aos Estudantes e também neste os aumentos se evidenciam. Em 2022 houve 11 pedidos de empréstimo de computador. Este ano foram já 45.

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