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“Só um acordo com a esquerda pode trazer soluções de investimento público”

Na sessão de abertura das jornadas parlamentares, que decorrem esta segunda e terça-feira no distrito de Leiria, a coordenadora do Bloco de Esquerda avisou o Governo que os “problemas estruturais da economia portuguesa” só se resolvem à esquerda.
Catarina Martins durante a conferência de imprensa de abertura das jornadas parlamentares, que decorrem no distrito de Leiria sob o lema “Pensar o futuro: valorizar o território, os direitos e o Estado social”, Caldas da Rainha, 26 de fevereiro de 2018. CARLOS BARROSO/LUSA

“Se um acordo à esquerda permitiu uma recuperação de salários e pensões, algum crescimento económico e criação de emprego também só um acordo que seja com a esquerda pode permitir opções de investimento público que combatam os problemas estruturais da economia portuguesa, nomeadamente combatam os setores rentistas, o endividamento externo, a assimetria do território e o défice social que tem o nosso país”, explicou Catarina Martins no Centro da Juventude das Caldas Rainha, o local escolhido pelo Grupo Parlamentar bloquista para realizar a sessão de abertura das suas jornadas, que decorrem até terça-feira no distrito de Leiria.

De seguida, Catarina deixou o aviso de que não existem “gavetas separadas” e que, por isso, “não há investimento público sem Orçamento do Estado”, nem estratégia para os fundos comunitários 2030 “sem investimento público”.

O Bloco propõe, por isso, a realização de um debate estratégico à esquerda sobre o investimento público. Para o qual, recordou Catarina Martins, garante, os bloquistas já têm uma proposta concreta: “o investimento na ferrovia.

“Não é por acaso que a ferrovia foi a primeira proposta que o Bloco de Esquerda apresentou nesta legislatura e aquilo a que apelamos agora é para que o debate sobre o investimento e as infraestruturas seja feito com base em propostas políticas concretas”, recordou.

“As decisões sobre esse investimento foram até agora um monopólio do bloco central, PS e PSD, feito muitas vezes tendo em conta interesses particulares e setores privilegiados da economia”, criticou. “Não foi nunca capaz de corrigir os problemas estruturais da economia portuguesa”

Catarina Martins deu o exemplo de um dos problemas na ferrovia em Portugal com o caso que aconteceu esta manhã, no arranque das jornadas, quando o deputado bloquista, Jorge Falcato, não pôde fazer a viagem entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, na Linha do Oeste, uma vez que o comboio não tem condições para que pessoas de cadeira de rodas a ele possam aceder.

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