Na sequência das situações registadas nas últimas semanas, em que “jornalistas são agredidos física ou verbalmente, por vezes de forma reiterada, por diversos atores sociais, entidades públicas ou privadas”, o Conselho Deontológico e a direção do Sindicato dos Jornalistas defendem que as administrações, diretores e responsáveis editoriais devem ser “os primeiros a decidir pela interrupção e pelo cancelamento da cobertura jornalística do evento, zelando, assim, pela defesa e pelo respeito da dignidade dos seus profissionais”.
Em comunicado, as duas entidades apelam ainda “aos próprios jornalistas para que defendam a sua dignidade profissional, não tolerando situações de agressões físicas ou verbais”, sublinhando que “o repúdio perante estes abusos deve ser claro e obrigar à ação, nomeadamente abandonando o local do evento”.
De acordo com o Conselho Deontológico e a direção do Sindicato dos Jornalistas, “as audiências e as vendas de jornais não devem sobrepor-se à segurança e ao respeito por uma classe que está a cumprir a sua missão, constitucionalmente garantida, que é a de informar”.
Numa nota divulgada a 20 de junho, intitulada “Isto não pode continuar”, a Comissão de Trabalhadores da RTP repudiou “veementemente a agressão de que foi vítima um jornalista repórter da RTP, por parte de criminosos disfarçados de adeptos de futebol na Final da Taça de Portugal”.