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Sindicato denuncia mais casos de covid no Pingo Doce, empresa ameaça com processo

O CESP volta a denunciar problemas em várias lojas da zona de Lisboa. O Pingo Doce assegura que cumpre as regras e que não é verdade o que o sindicato diz.
Placa do Pingo Doce. Foto de Tim Walker/Flickr.

Depois de uma primeira denúncia a semana passada, o CESP - Sindicato Trabalhadores Comércio, Escritórios e Serviços -, insistiu esta quinta-feira que há cada vez mais trabalhadores do Pingo Doce infetados com Covid-19. Através de declarações da dirigente sindical Luísa Alves à SIC, o sindicato fez saber que os testes são insuficientes e voltou a exigir um plano de resposta mais eficaz.

A dirigente sindical denunciou que há casos em que o isolamento não foi cumprido, em que os trabalhadores são mandados de quarentena e “não fazem exames aos outros” e que mais de metade das lojas de Lisboa tiveram trabalhadores infetados. Na loja de Telheiras, onde houve “quatro ou cinco” pessoas infetadas, não terão sido tomadas medidas extraordinárias e o responsável de loja terá apenas deslocado trabalhadores de outra seção sem desinfeção do local. Para além disso, terá feito os trabalhadores assinar um documento em como não contavam a ninguém o que lá se passava.

Estas declarações não foram bem recebidas pela empresa. A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, assegura que cumpre todas as regras de saúde, que tem um médico a trabalhar em coordenação com a DGS, que sempre que há um caso positivo este é isolado e são feitos testes a todos os contatos diretos e que, em Telheiras, todos os 200 trabalhadores testados deram negativo. Ao todo, afirma a empresa, terão sido realizados quatro mil testes.

Também em declarações à SIC, Margarida Manaia, diretora de Recursos Humanos, desmente “categoricamente todas as afirmações” e diz que a empresa vai “acionar os mecanismos todos que estiverem ao nosso alcance para contestar o que nos estão a imputar”.

Para além da troca de declarações através do canal televisivo, o CESP emitiu também um comunicado no qual escreve que “tomou conhecimento que em diversas lojas Pingo Doce do Distrito de Lisboa se está a verificar um grande aumento no número de trabalhadores infetados com covid-19”, que “os trabalhadores, face às situações relatadas que se agravam, e ao número crescente de trabalhadores infetados nos diferentes locais de trabalho da empresa, exigem que o plano de contingência seja revisto para implementação em todas as lojas e armazéns”.

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