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Sindicato acusa Pingo Doce de tentar ocultar casos de covid-19

"O Pingo Doce tem sido um foco de contágio enorme - e, mais estranho, tem estado a chamar os trabalhadores para assinarem documentos a dizer que não podem informar que existem casos de contágio dentro das lojas", afirmou Orlando Gonçalves, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) em declarações à TSF.
"Isso é muito perigoso e revelador de quem tenta calar os trabalhadores”, acrescentou.
Orlando Gonçalves dá como exemplo casos registados nas lojas do Pingo Doce de Telheiras, da Avenida Duque de Ávila, em Lisboa, e do centro comercial Babilónia. "Há muitos casos que têm ocorrido no Pingo Doce e nada acontece nas lojas", aponta. O dirigente sindical referiu ainda que nem todas as recomendações feitas para prevenir os casos de Covid-19 entre trabalhadores têm sido aplicadas.
De acordo com a TSF, esta quarta-feira, os trabalhadores da plataforma logística da Azambuja fazem um ponto da situação nas empresas que continuam a registar novos casos de infeção nas últimas semanas.
Pingo Doce desmente acusações
A diretora de recursos humanos do Pingo Doce, Margarida Manaia, afirmou categoricamente que a acusação do CESP é “totalmente falsa”. “Não há nenhum documento [que esteja a ser assinado para manter o silêncio sobre casos dentro das lojas]. As declarações são de uma irresponsabilidade e de uma falsidade que nos indignam", sinalizou.
Margarida Manaia acusa o sindicato de difundir uma "mentira" e assegura que "o Pingo Doce tem feito tudo o que está ao seu alcance" para salvaguardar a saúde dos trabalhadores, dando o exemplo da disponibilização de equipas médicas e dos "mais de 4 mil testes" já realizados.
"O Pingo Doce é um parceiro de solução nacional, não é um problema", destacou.
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