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Seis mortos em manifestação contra impunidade da explosão no porto de Beirute
Na passada quinta-feira, na capital libanesa, em Beirute, foram mortas seis pessoas e mais de trinta ficaram feridas durante uma manifestação que pedia a substituição do juiz responsável do processo da explosão no porto e foi convocada pelo Hezbollah e pelo movimento xiita Amal, de acordo com o jornal Público.
As vítimas, todas xiitas, foram alvejadas com tiros de metralhadoras enquanto se dirigiam para o local da manifestação, junto ao Palácio de Justiça. Esta situação obrigou a intervenção do exército e os confrontos prolongaram-se durante quatro horas.
O Hezbollah e o movimento Amal acusam as Forças Libanesas, um partido cristão com relação com a Arábia Saudita, de ser responsável pelos ataques contra os manifestantes. As autoridades já revelaram que existiam atiradores furtivos nos telhados dos prédios.
Em declaração à Reuters, o líder das Forças Libanesas, Samir Geagea, condenou o ataque e justificou-o com a circulação descontrolada de armas de fogo entre a população.
Por sua vez, o primeiro-ministro, Najib Mikati, deixou apelos de calma e afirmou que a população que “não se deixe atrair pela sedição seja por que razão for”. Estes são os confrontos mais violentos vistos no Líbano desde o fim da guerra civil, entre 1975 e 1990.
No dia 4 de agosto de 2020 aconteceu uma explosão num armazém no porto de Beirute onde estavam mais de duas mil toneladas de nitrato de amónio. Morreram 219 pessoas e aquela zona ficou completamente devastada pela explosão.
As sucessivas falhas no processo para encontrar os responsáveis têm feito com que os libaneses saiam à rua para pedir que a impunidade neste caso não continue. O Hezbollah tem acusado o juiz Tarek Bitar de estar a conduzir o caso de forma parcial.
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