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Seca extrema na Namíbia obriga a leiloar animais protegidos

É a pior seca dos últimos 90 anos em várias zonas e o país declarou o mês passado o estado de desastre natural. Incapaz de lidar com a situação, o governo da Namíbia decidiu leiloar cerca de mil animais selvagens para impedir que morram de fome e para obter fundos para a conservação das espécies.
Elefante na Namíbia.
Elefante na Namíbia. Foto de Eric Montfort/Flickr

28 elefantes, 60 girafas, 600 búfalos, 150 gazelas, 65 oryx, 20 impalas e 35 elandes entre outros animais selvagens que vivem nas reservas nacionais, cerca de mil espécimes ao todo, vão ser leiloados pelo governo da Namíbia para fazer face à seca extrema que o país está a atravessar.

Devido à severidade do fenómeno foi mesmo declarado o mês passado o estado de desastre nacional. E os serviços meteorológicos do país afirmam que, em algumas das zonas do país, esta é a pior seca dos últimos 90 anos.

O país tem 2,4 milhões de habitantes e estima-se que meio milhão tenham sido afetados por esta situação. A ajuda internacional já chegou à Namíbia e o governo está a distribuir comida e a água e a ajudar os agricultores.

No passado mês de abril, um relatório do Ministério da Agricultura contabilizava em 63700 os animais mortos o ano passado devido a esta seca. É para impedir que tal continue a acontecer que o Ministério do Ambiente anunciou o leilão destes animais. Romeo Muyunda, porta-voz do ministro do ambiente confirmou o leilão dos animais, informando que as autoridades locais esperam obter mais de um milhão de dólares através deste meio. O responsável governamental assegurou que as verbas irão para a empresa estatal de conservação da vida selvagem e de gestão dos parques naturais.

Muyunda esclareceu que “as condições de pastagem na maior parte dos nossos parques é extremamente pobre e se não reduzirmos o número de animais, isto levará à perda de animais devido à fome”.

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