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Sandra da Costa é a candidata do Bloco à Câmara de Albufeira

Sandra da Costa quer “quebrar” o ciclo da direita no executivo da Câmara de Albufeira. Miguel Pinheiro é o cabeça de lista à Assembleia Municipal.
Sandra Costa é a candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Albufeira. Foto Bloco de Esquerda de Albufeira.

Com o lema "Unidos por Albufeira - Renovar a Confiança", a apresentação da candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara de Albufeira contou com a intervenção dos deputados Mariana Mortágua e João Vasconcelos.

Para João Vasconcelos, a candidatura estreante do Bloco no concelho poderá ser “um contributo para acabar com a taxa municipal de proteção civil” e impedir uma “mera municipalização de funções de carácter universal como a educação e a saúde”, salientou.

Para o deputado, a municipalização que o Governo quer levar a cabo é uma descentralização que “levará à perda da autonomia das escolas e dos professores. O Bloco é contra este tipo de falsa descentralização”, afirmou João Vasconcelos.

Mariana Mortágua começou por agradecer a participação dos muitos independentes de Albufeira que se juntaram ao Bloco nestas eleições autárquicas.

A deputada bloquista destacou que os candidatos aos órgãos autárquicos são “gente que conhece a terra, porque aqui trabalha, porque aqui vive, conhece os seus problemas desde a rua mais movimentada, à escola primária”. “Gente que tem um projeto e que tem um contributo para dar ao sítio onde vive e ao sítio onde trabalha”, referiu.

Mariana recordou o slogan da campanha do Bloco para as eleições legislativas de 2015: “Gente de Verdade para fazer a diferença”. Para a deputada bloquista, a candidatura estreante do Bloco de Albufeira pode fazer toda a diferença, e relembrou o resultado da força do Bloco a nível nacional. “A primeira diferença foi expulsar a direita do país”, após o acordo conseguido à esquerda que permitiu, entre outras medidas, aumentar o salário mínimo nacional. “Um acordo num país em que os salário são tão baixos, e o Algarve sabe disso como ninguém porque sofre como ninguém da precariedade, da sazonalidade, do trabalho na hotelaria que paga, normalmente, o salário mínimo nacional”, salientou Mariana Mortágua.

Para Mariana Mortágua isto é o resultado da força conseguida pelo Bloco nas últimas eleições legislativas. Da mesma forma, a força da votação no Bloco nas próximas autárquicas “permitem ao Bloco de Esquerda ganhar força para fazer estas negociações para, no Parlamento, aprovar cada vez mais medidas mais abrangentes para poder continuar o processo que já começamos”.

Sandra Costa, candidata independente que se juntou ao Bloco para esta candidatura, referiu que é necessário “criar as condições políticas para que o povo participe, numa busca concreta dos caminhos de uma verdadeira democratização da nossa sociedade”. A candidata bloquista destacou o programa eleitoral participativo que os bloquistas concelhios levaram a cabo em conjunto com a população. “Conversámos, pedimos opiniões, procurámos contribuições de melhoria junto das pessoas. Todos os dias, pessoalmente, nas redes sociais, no café, numa esplanada e até no supermercado”, frisou.

A candidata do Bloco referiu que as principais prioridades da candidatura são a abolição da taxa de protecção civil, que estará a ser cobrada de forma indevida, bem como a realização de um levantamento dos imóveis devolutos de forma a “disponibilizá-los para o mercado de arrendamento", algo que considera "prioridade absoluta". 

“Contribuir para o aumento do poder de compra para quem tem um ou mais filhos na escola, oferecendo os manuais escolares a todos os alunos do 5º e 6º anos de escolaridade” e “proporcionar refeições gratuitas a todos os alunos da Educação Pré- Escolar e do 1º ciclo”, de forma a colmatar as necessidades alimentares para as crianças em período escolar são outras propostas da candidatura.

Sandra Costa propõe ainda que se estude o alargamento dos horários dos serviços públicos para ir ao encontro das necessidades das famílias, bem como um investimento na requalificação das “zonas de lazer e espaços verdes, incluindo parques infantis onde as famílias possam desfrutar da cidade num ambiente calmo e seguro”.

Miguel Pinheiro, primeiro candidato do Bloco à Assembleia Municipal destacou a importância de se quebrar o ciclo político da direita no concelho de Albufeira, que dura há 15 anos. O candidato pretende que a Assembleia faça transmissões on-line das reuniões dos deputados municipais, dando transparência às decisões tomadas por aquele órgão autárquico. 

Miguel Pinheiro referiu ainda que quer levar à discussão pública os projetos hoteleiros na costa de Albufeira e, vai pugnar-se pela manutenção da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis nos 0,3 por cento. Para o candidato do Bloco é muito importante que se faça uma “descentralização sem privados” e com total “transparência” para que os cidadãos não percam direitos fundamentais.

Cartaz do Bloco de Esquerda de Albufeira.
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