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Ryanair: Nova greve europeia na última semana de setembro
A greve está a ser convocada por dois sindicatos italianos, uma estrutura sindical belga, duas espanholas, uma holandesa e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), vão avançar com uma greve ao trabalho na Ryanair.
Em declarações à Lusa, Luciana Passo, presidente do SNPVAC, declarou: "Não avançamos já com a data, porque há outros sindicatos que se juntaram agora e têm que analisar, em relação às leis de cada país e aos estatutos de cada sindicato, o modo de aderirem, e de ser uma data que sirva a todos e que possa ser implementada em conjunto".
A presidente do SNPVAC diz que os sindicatos irão pedir uma reunião urgente à Comissão Europeia, à comissária dos Transportes e ao presidente, Jean-Claude Juncker.
Os sindicatos exigem que os contratos de trabalho sejam feitos segundo a lei laboral de cada país, que a Ryanair respeite as legislações laborais de cada país e que a empresa não recorra a trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário, que funcionam na órbita da companhia aérea. Estes trabalhadores têm condições de trabalho ainda mais precárias.
Recorde-se que a Ryanair esta semana chegou à atitude extremada de recusar ir à audição na Assembleia da República, para que foi convocada.
Na AR, Luciana Passo afirmou: "É inaceitável que em 2018 não se tenha direito a parentalidade, que haja pessoas em Portugal que não têm direito ao salário mínimo, que sejam punidas por estar doentes e que qualquer falta seja sancionada e tenham que se deslocar a Dublin".
A presidente do SNPVAC acusou ainda os responsáveis da Ryanair de "nem sequer reconhecem o sindicato como interlocutor válido”.
“Por isso nos juntámos aos sindicatos europeus, para que seja reconhecida a lei de cada país. Há outras 'low cost' em Portugal que fazem tudo o que a lei portuguesa exige, e em bom. Falam com o sindicato. Cumprem e vão um bocadinho mais além. O que quer dizer que é possível. Aqui passa-se do nada, para coisa nenhuma. Muito gostaríamos de fazer um contrato coletivo com eles, mas não conseguimos chegar lá", criticou ainda Luciana Passo.
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