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Ryanair: Nova greve europeia na última semana de setembro

Em defesa dos seus direitos e da legislação de cada país, sindicatos europeus dos tripulantes de cabine, pilotos e pessoal de terra da Ryanair decidiram em Roma, avançar para nova greve na última semana de setembro, em data que será conhecida até ao dia 13.
Nova greve europeia na Ryanair na última semana de setembro - Foto de ta_dzik/flickr
Nova greve europeia na Ryanair na última semana de setembro - Foto de ta_dzik/flickr

A greve está a ser convocada por dois sindicatos italianos, uma estrutura sindical belga, duas espanholas, uma holandesa e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), vão avançar com uma greve ao trabalho na Ryanair.

Em declarações à Lusa, Luciana Passo, presidente do SNPVAC, declarou: "Não avançamos já com a data, porque há outros sindicatos que se juntaram agora e têm que analisar, em relação às leis de cada país e aos estatutos de cada sindicato, o modo de aderirem, e de ser uma data que sirva a todos e que possa ser implementada em conjunto".

A presidente do SNPVAC diz que os sindicatos irão pedir uma reunião urgente à Comissão Europeia, à comissária dos Transportes e ao presidente, Jean-Claude Juncker.

Os sindicatos exigem que os contratos de trabalho sejam feitos segundo a lei laboral de cada país, que a Ryanair respeite as legislações laborais de cada país e que a empresa não recorra a trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário, que funcionam na órbita da companhia aérea. Estes trabalhadores têm condições de trabalho ainda mais precárias.

Recorde-se que a Ryanair esta semana chegou à atitude extremada de recusar ir à audição na Assembleia da República, para que foi convocada.

Na AR, Luciana Passo afirmou: "É inaceitável que em 2018 não se tenha direito a parentalidade, que haja pessoas em Portugal que não têm direito ao salário mínimo, que sejam punidas por estar doentes e que qualquer falta seja sancionada e tenham que se deslocar a Dublin".

A presidente do SNPVAC acusou ainda os responsáveis da Ryanair de "nem sequer reconhecem o sindicato como interlocutor válido”.

“Por isso nos juntámos aos sindicatos europeus, para que seja reconhecida a lei de cada país. Há outras 'low cost' em Portugal que fazem tudo o que a lei portuguesa exige, e em bom. Falam com o sindicato. Cumprem e vão um bocadinho mais além. O que quer dizer que é possível. Aqui passa-se do nada, para coisa nenhuma. Muito gostaríamos de fazer um contrato coletivo com eles, mas não conseguimos chegar lá", criticou ainda Luciana Passo.

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