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RTP: Conselho de Opinião divide-se na indicação de Leonor Beleza para o Conselho Geral Independente

Na votação para nomeação de um membro do Conselho Geral Independente da RTP, o Conselho de Opinião deu 18 votos a favor de Leonor Beleza e 14 para António Borga.
Foto de Paulete Matos.
Foto de Paulete Matos.

Foi a primeira vez que houve duas listas em disputa na indicação do Conselho de Opinião (CO) para a composição do Conselho Geral Independente (CGI), que vê agora sair três membros em fim de mandato, Um deles é António Feijó, eleito presidente em 2014 aquando da criação do próprio CGI e um dos nomes indicados pelo governo PSD/CDS para a CGI quando a RTP era tutelada pelo ministro Miguel Poiares Maduro.

Com uma carreira jornalística que começa na BBC, António Borga ocupou diversos cargos na RTP, seja na Direcção de Informação, Programas ou Produção, o que lhe conferia “um grande conhecimento da empresa e do seu funcionamento, bem como das suas necessidades em termos organizativos, meios humanos e meios técnicos”, sustentam os signatários da lista alternativa a Leonor Beleza.

A lista que propunha António Borga era apoida por Carla Preciosa Cerqueira, Deolinda Carvalho Machado, Diana Marina Dias Andringa, Fernando Pinheiro Correia, José Manuel Rebelo Guinote, Maria Emília Brederode, Maria Estrela Ramos Serrano, Lívio Sebastião de Morais, Luís Encarnação, Jorge Paixão da Costa, José Cabaço dos Reis, Rui Jorge Cordeiros dos Santos, Rui Monteiro Romano e Rui Teixeira Motta.

Na candidatura, os membros do Conselho de Opinião relembram que as competências do CGI “respeitam, principalmente, a definição das linhas orientadoras para a RTP e a fiscalização e acompanhamento do seu cumprimento e, bem assim, dar parecer sobre os serviços de programas e sobre a estratégia de investimento em produção audiovisual e cinematográfica independentes”. Logo, concluem, “tais competências aconselham a que os membros do CGI possuam conhecimentos e competências na área da comunicação, nomeadamente, de rádio e televisão”.

E relembram ainda que António Borga possui “experiência na Imprensa escrita, em grupos multimédia e na televisão privada, para além de ter sido presidente da Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Televisão”, o que, sustentam, “lhe proporciona uma visão particularmente abrangente do sector e, por consequência, a capacidade de definir estratégias inerentes ao cumprimento das funções do CGI”.

Ex-ministra da Saúde de Cavaco Silva entre 1985-87, Leonor Beleza é atualmente Presidente da Fundação Champalimaud, não se lhe conhecendo qualquer relação profissional na área da comunicação social.

Por seu lado, o Governo nomeou Alberto Arons de Carvalho para o CGI. O ex-Secretário de Estado para a Comunicação Social dos governos de António Guterres, foi também vice-presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social.


Notícia corrigida a 14 de setembro no primeiro parágrafo, para clarificar que António Feijó foi indicado pelo governo PSD/CDS para o CGI e em seguida eleito presidente deste órgão pelos seus membros.

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