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RTP: “1ª privatização em Portugal em que a empresa não só não paga nada como vai receber"
O assessor do governo, “que também faz uma perninha para a administração das empresas do homem mais rico de Portugal", vem dizer que uma das empresas públicas mais importantes do nosso país vai ser entregue a uma empresa privada, "como se fosse coisa pequena”, sublinhou o dirigente bloquista durante um comício realizado este sábado em Portimão.
Louçã lembrou os últimos episódios do dia. “O ministro do CDS, Mota Soares, afirmou não saber de nada”, o ministro da defesa veio “afirmar que não há problema nenhum e que daqui a algum tempo, não sabemos quando, Miguel Relvas vai sair da clandestinidade e dizer a última palavra sobre o assunto”.
“No momento atual, não sabemos se se trata de um quezília do governo, se é uma confusão do governo ou uma manobrinha de um assessor a puxar a brasa à sua sardinha, ou se é mesmo a ideia de entregar a RTP aos privados, ou seja a uma empresa cujo objetivo é ter lucro, e não garantir o pluralismo político que a constituição atribui ao serviço público de televisão”, adiantou ainda o deputado do Bloco de Esquerda.
“Na Europa não há um único país que não tenha serviço público de televisão. Não há nenhum país que se desprotegesse do ponto de vista da sua democracia para dizer que não precisa de um serviço público de televisão ou então permitir que um qualquer empresário tome conta da televisão. E se nenhum país o fez é por uma boa razão”, frisou o dirigente bloquista.
"É um negócio pró menino e prá menina. Vai ser a primeira privatização na história de Portugal em que a empresa que fica com o que é público não só não paga nada como vai receber. São lucros garantidos sem qualquer esforço", avançou Louçã.
“Caminhamos de avaliação positiva em avaliação positiva até à desgraça final do país”
Durante a sua intervenção, Francisco Louçã fez ainda referência à próxima avaliação de desempenho do governo português a ser promovida pela troika. “Caminhamos de avaliação positiva em avaliação positiva até à desgraça final do país”, sublinhou, lembrando que, um ano após a entrada da troika em Portugal, temos 1 milhão e 200 mil desempregados, 2 milhões de precários, os salários foram reduzidos, existem 20 mil professores sem colocação, os desempregados são obrigados a trabalhar gratuitamente 15 horas por semana, são oferecidos ordenados de 3,96 euros à hora aos enfermeiros.
“Nós que não desistimos do nosso país, dos desempregados, do combate à miséria, de um serviço de saúde ou de uma segurança social que apoie as pessoas, queremos fazer contas com a troika”, referiu Louçã, frisando que os “juros agiotas” cobrados pela troika pelos 78 mil milhões de euros de empréstimo, e que equivalem a quase 50% desse valor - 34 mil milhões, dariam para pagar dezassete anos de todos os subsídios de férias dos funcionários públicos e dos reformados.
“Recuperar a economia é a sensatez de que Portugal precisa”, defendeu o dirigente bloquista, destacando que “não podemos continuar a percorrer o mesmo caminho”.
“Perder o medo, enfrentar as dificuldades, responder por todos, não desistir de ninguém, é isso que faz a força de uma esquerda que se quer juntar a toda a gente que esteja disposta a defender os seus”, rematou.
Comentários
Neste momento já há mais do
Neste momento já há mais do que motivos para pôr em pratica a ideia da Drª Manuel Ferreira Leite de se suspender a democracia durante seis meses e aproveitarmos para correr esses ladroes que se instalaram no governo.O discurso da legitimidade dada pelo povo nas urnas não tem qualquer sentido visto que quem neles votou foi aldrabado.
Não, não é a primeira vez que
Não, não é a primeira vez que acontece, por mim podem privatizar desde que deixem o sinal aberto, e assim e mais lucrativo do que alimentar prejuízos futuros... numa empresa em que os ordenados médios anuais rondam os € 40.000,00 sem que exista complexid
ade para tal.
Não sei como é que é no seu
Não sei como é que é no seu planeta. Mas no meu a RTP deu lucro.
António A enormidade dos
António
A enormidade dos salários não justifica a enormidade da renda que teremos que pagar aos gajos que tomarem conta da RTP e a ponham a prestar "serviço público" três horas por dia das 23 às 02, ou das seis às nove.
António Gonçalves
Para correr com o Governo não é preciso suspender a democracia à Ferreira Leite. É preciso é mais democracia nomeadamente aquela, primordial, que se afirma na rua.
Toda a gente fala em serviço
Toda a gente fala em serviço público da RTP..olhe: eu já não vejo serviço público (cultura, documentários, cinema clássico, tele-escola, etc.) desde dos meus tempos de gaiato. Hoje em dia, na RTP, só vejo a mesma ***** que vejo nos outros canais: concursos, futebol, novelas e anúncios. Sabia que na BBC (em Inglaterra) não há publicidade...pois é...para fantochadas destas "à portuguesa" o melhor é fecharem a RTP ou oferecê-la aos PALOP's
e depois há outra coisa de
e depois há outra coisa de que ninguém fala: dizem os privados que privatizar a RTP seria o fim do mercado publicitário e, indirectamente, o fim dos privados. Bem, por essa ordem de ideias: é necessário manter a RTP como está para manter os privados em actividade. Ou seja, cada contribuinte ao pagar a RTP está, indirectamente, a subsidiar a SIC e a TVI. Bonito esquema, sim senhor!
último comentário: a
último comentário: a comunicação televisiva hoje em dia já não depende de canais mastondontes supostamente "universais". A comunicação televisiva, hoje, faz-se pelo cabo, pelo satélite e (cada vez mais) pela Internet..o modelo dos canais "universais" está condenado.
Eu sou da opinião de que
Eu sou da opinião de que deviam privatizar a RTP 1 mas não acabar com a RTP 2. Aliás a RTP 2 deveria transformar-se no principal canal público. Com isto quero dizer que, e como já foi dito, as telenovelas, os concursos da treta e a publicidade infindável não são serviço público. A RTP 2 sempre serviu cultura e informação à população e basta isso para ter um serviço público de qualidade. Abdicar da RTP 1 daria a hipótese de baixar a taxa audiovisual e transportar esse valor para a RTP 2. Acabavam-se com os Malatos e Catarinas Furtados que "chupam" mais 20.000 euros por mês e investia-se em cultura e educação na RTP 2.
Sou da opinião que se devia
Sou da opinião que se devia privatizar a rtp. Criava-se uma Associação totalmente disassociada do Estado. Sem fins lucrativos.
Com o presente numero de desempregados apenas como sessenta e pouco euros a cada um, "joia", conseguiria-se ter os valores necessários para a compra da Rtp.
Com os lucros anuais desta Estação de Televisão, a Associação era obrigada a investir nas variadas areas por forma a dar emprego e criar maior movimentação de capitais.
O tecido económico era obrigado a crescer, criava-se maior movimentação de capitais.
Esta associação seria como uma base para a criação de infraestruturas sustentabilizadas eco e económicamente para o desenvolvimento de novas áreas, artes e espétaculos, investigação em variadas áreas. Bem como conservação/estudos da nossa cultura das nossas origens, faunas e floras. Criando postos de trabalho, criam-se e mantém-se pequenas e meédias empresas que possam ter um futuro económico sustentável.
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