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Reino Unido mais perto de ir a votos em dezembro

Se na segunda-feira a proposta dos conservadores para antecipar as eleições não obteve a maioria necessária de dois terços, a nova proposta que irá a votos esta terça-feira só precisa de maioria simples para passar.
É conhecida a vontade do primeiro-ministro Boris Johnson em ir às urnas a tempo de aproveitar a vantagem que lhe dão as sondagens, mas essa vontade esbarrou sempre na oposição dos trabalhistas. Na segunda-feira, a necessária maioria de dois terços não foi atingida, com a grande maioria dos deputados trabalhistas a absterem-se na votação.
Find out how your MP voted on the motion for an early general election https://t.co/9jjn4qIxOi
— UK House of Commons (@HouseofCommons) October 28, 2019
O partido de Jeremy Corbyn colocava como condição para aceitar eleições antecipadas o afastamento do cenário de saída da UE sem acordo. Com a luz verde de Bruxelas ao novo prazo de adiamento do Brexit até ao fim de janeiro, os trabalhistas viram cumprida essa condição e Corbyn anunciou esta terça-feira que o partido irá agora lançar “a campanha mais ambiciosa e radical pela mudança que este país jamais assistiu”. "O No Deal está fora da mesa e por isso o Labour apoiará esta noite a eleição geral”, afirmou Corbyn na sua conta Twitter.
No Deal is now off the table so tonight Labour will back a General Election.
We're launching the most ambitious and radical campaign for real change our country has ever seen.
This is a once in a generation chance to build a country for the many, not the few.
It's time.
— Jeremy Corbyn (@jeremycorbyn) October 29, 2019
Para além dos trabalhistas, também os liberais e os nacionalistas escoceses estão de acordo com a antecipação das eleições. Neste cenário, o centro da discórdia deve ser a data escolhida para a eleição. A primeira proposta de Boris Johnson foi o dia 12 de dezembro, mas foi criticada por apanhar os estudantes universitários em trânsito. E também por permitir que os conservadores voltem a trazer ao parlamento o debate sobre o acordo de saída, apesar de terem prometido que não o fariam.
Os liberais e nacionalistas escoceses querem o dia 9 de dezembro, de forma a impedir qualquer aprovação do acordo de saída antes da dissolução do parlamento, que os prazos obrigariam a acontecer já esta sexta-feira. Em caso de aprovação das eleições antecipadas, o cenário mais provável é que se realizem nessa semana de 9 a 13 de dezembro, no dia que reunir maior consenso.
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