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Queer Porto regressa com Stonewall, VIH e Beyoncé

De 16 a 20 de outubro, a quinta edição do festival de cinema queer da cidade do Porto comemora os 50 anos dos motins de Stonewall com 30 filmes em exibição, debates e festas.
Queer Porto regressa com Stonewall, VIH e Beyoncé
"The Cockettes", filme sobre um grupo de espetáculos gender-bender de São Francisco dos anos 70, é um dos destaques da organização para a quinta edição do Festival.

Com data de início para 16 de outubro, o Queer Porto regressa com um debate sobre o “glam” e a provocação de David Bowie e Madonna, filmes sobre a infeção pelo VIH e SIDA e uma festa de tributo a Beyoncé.

“São cinco anos de Queer Porto, com uma programação mais diversa e mais inclusiva que vem enriquecer o programa do Teatro Municipal do Porto (TMP) e a cidade do Porto”, declarou Tiago Guedes, diretor do TMP, em conferência de imprensa de apresentação da programação da edição deste ano do Festival Internacional de Cinema Queer Porto. De 16 a 20 de outubro serão cerca de 30 os filmes em exibição na quinta edição do festival.

“O Beijo do Asfalto” (2018), uma longa-metragem de ator brasileiro Murilo Benício, é a película destacada por Constança Carvalho Homem, programadora do festival. O filme será exibido no dia 19, no Pequeno Auditório do Rivoli, às 19:00, seguida depois de um debate com o performer Tales Frei, a partir das 20:40.

“É um poderoso exercício metateatral sobre uma tragédia carioca nos anos 1960 e que está atualíssima, porque há um recrudescimento da homofobia”, observou Constança Carvalho Homem. O filme aborda também a temática das notícias falsas ao explorar de “forma sensacionalista” o beijo entre dois homens.

Tal como na edição de Lisboa, o Queer Porto assinala os 50 anos passados desde o motim de Stonewall, nos Estados Unidos da América. Para fazê-lo será exibido o documentário “The Cockettes" (2002), de Bill Weber e David Weissman, no Rivoli, às 21:30.

“Buddies” (1985), a primeira longa-metragem de ficção sobre o VIH/Sida, realizada por Arthur J. Bressan, é também uma das películas que a organização quis destacar.

Na competição oficial concorrem oito filmes. O diretor do evento, João Ferreira, destacou “The Gospel of Eureka” (2018), que fala sobre “cristãos evangélicos e ‘drag Queens’ a ocupar os holofotes para desmantelar estereótipos” e o filme chinês “A Dog Barking at the Moon” (2019), de Xiang Zi.

Na competição de curtas, In My Shorts, estão seis filmes de realizadores portugueses. João Ferreira destaca “Aurora” (2018), sobre uma jovem artista no Norte de Portugal, e “Em Caso de Fogo” (2019), de Tomás Paula Marques – este último já premiado no Curtas de Vila do Conde e em San Sebastian.

O “Queer Pop 1” é um programa paralelo de debates sobre a evolução das expressões ‘queer’ na arte pop nos últimos 50 anos com uma “viagem” desde o “existencialismo ‘glam’ de David Bowie à Madonna mais recente e sempre provocadora”, segundo a organização.

Para além dos filmes e debates há espaço para uma festa dedicada à cantora Beyoncé, a Beyoncé Fest, onde se irá “celebrar o culto” à cantora. A festa será no dia 18 de outubro no espaço Maus Hábitos.

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