O PSD foi o partido mais votado nas eleições regionais da Madeira deste domingo com 36,13% dos votos, elegendo 19 deputados quando nas últimas eleições a coligação de direita tinha chegado aos 23. Ficou assim longe da maioria absoluta.
O PS obteve 21,32% e onze mandatos, exatamente os mesmos que tinha tido nas eleições de 2023. O partido regional Juntos pelo Povo chegou aos 16,89 %, nove mandatos, tendo subido significativamente em relação aos cinco obtidos no último escrutínio.
O Parlamento Regional contará ainda com a presença do Chega, que obteve 9,23 % e quatro mandatos, do CDS que teve 3,96 % e dois mandatos, da IL com 2,56 % e um mandato, e do PAN com 1,86 % e também um mandato.
De fora ficaram a coligação PCP-PEV com 1,63% e o Bloco com 1,41%.
No comentário ao resultado, Mariana Mortágua admitiu que o objetivo colocado pelo partido “não foi cumprido” e que “o Bloco de Esquerda teve um mau resultado nestas eleições”.
Por outro lado, afirmou que os resultados das eleições colocam a região perante um “cenário de enorme instabilidade”, destacou a “leitura regional” de fenómenos como o crescimento do JPP, que saudou pelo “resultado muito expressivo”. E também o “peso hegemónico muito grande da direita na região”, resultado de 50 anos de poder“com grande domínio sobre a comunicação social, sobre a forma como a política foi sendo feita”.
A coordenadora bloquista saudou ainda o trabalho da coordenadora regional, Dina Letra, e do cabeça de lista, Roberto Almada, “pela campanha que fizeram”, classificando-a como “combativa”, “de um partido que sabe que quer fazer a diferença na região e que vai continuar a lutar e que vai continuar a trabalhar para construir esta alternativa política na Região Autónoma da Madeira”.
Por sua vez, Roberto Almada nas suas declarações sobre este resultado eleitoral, lembrou que é a terceira vez que o partido ficou fora do Parlamento Regional mas também “voltámos sempre”. Mostrou-se assim confiante que “haveremos de voltar”.
Para além disso, na Madeira, o partido “estará todos os dias nas ruas”, “junto das pessoas”. Até porque foi um partido “que se fez na rua”. Desde já, o Bloco da Madeira revela-se também empenhado nas próximas eleições europeias.