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Professores esperam recuperar tempo de carreira congelado até 15 de maio

O parlamento discutiu a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores. Joana Mortágua diz que o Bloco apoiará as soluções que reconheçam a recuperação integral dos nove anos, quatro meses e dois dias.
Joana Mortágua no debate parlamentar sobre a apreciação do decreto do governo que apenas recupera uma pequena parte do tempo de carreira congelado aos professores.

“Temos que insistir com os partidos para que esta situação esteja resolvida até 15 de maio, porque temos prevista uma greve às avaliações a partir de 6 de junho e não teremos alternativa que não seja entregar um pré-aviso de greve”, afirmou Mário Nogueira aos jornalistas na concentração de professores em frente ao parlamento.

Bloco, PCP, Verdes, CDS e PSD apresentaram alterações ao diploma do governo alvo de apreciação parlamentar, que deverão ser discutidas na especialidade em comissão. Uma evolução que o sindicalista diz ser positiva, pois no plenário “a relação é mais política, enquanto na comissão há um trabalho conjunto dos deputados”.

Em declarações à Lusa, o líder da Fenprof alertou também para a necessidade de os deputados definirem como será recuperado o tempo de serviço e de “não atirar para futuras negociações esta matéria”, sob pena de se estar a “comprar sete anos de luta com os professores”.

No fim de um debate parlamentar marcado por críticas ao governo mas também ao PSD, por apresentar uma posição diferente das promessas feitas aos professores, Joana Mortágua dirigiu-se à bancada do PS, acusando-a de não perceber a importância deste debate numa legislatura que ficará marcada pela recuperação de direitos que foram retirados nos últimos anos. A proposta do Bloco defende a recuperação integral do tempo de carreira congelado, fazendo-o de forma faseada e com a possibilidade de converter algum desse tempo em vagas de acesso ao 5º e ao 7º escalões ou em antecipação da idade da reforma.

A deputada bloquista criticou o PSD por ter prometido a recuperação integral, mas agora vir propor  “remeter o resto do tempo de serviço para uma negociação com quem já provou que não quer negociar”. Para Joana Mortágua, a proposta do PSD “está a deixar a carreira dos professores na mão de Mário Centeno”, enquanto o governo "quis pôr a carreira do ministro à frente da carreira dos professores".

 

Joana Mortágua: "Governo quis pôr a carreira do ministro à frente da carreira dos professores""

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