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Prefeito do Rio de Janeiro é preso a nove dias do fim do mandato

Marcelo Crivella foi preso no âmbito da investigação da “QG da propina” que envolve acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Crivella, apoiado por Bolsonaro, abandonaria o cargo a 31 de dezembro.
Antes de ser eleito Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella fora senador.
Antes de ser eleito Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella fora senador. Fotografia de Senado Federal/Flickr.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi detido esta manhã numa operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil.

Marcelo Crivella, ex pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, foi também suspenso das funções públicas, segundo determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Em causa, explica o portal de notícias UOL, está a investigação do pagamento de subornos para obter  contratos com a Prefeitura do Rio de Janeiro, num processo chamado de “QG da Propina”. Em cima da mesa estão sete mandados de prisão.

A sua detenção ocorreu a nove dias do fim do mandato, uma vez que foi derrotado por Eduardo Paes (dos Democratas, DEM) nas eleições do passado mês de novembro. Crivella era apoiado pelo atual Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

O agora ex-Prefeito será substituído nestes nove dias por Jorge Felippe (DEM), presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe.

Em nota enviada à comunicação social, o Ministério Público do Rio de Janeiro fez saber que o Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça realizou uma operação na manhã de hoje, em conjunto com a Polícia Civil, para cumprir mandados de prisão contra os participantes de um esquema ilegal que atuava na Prefeitura do Rio. Não foram prestados mais esclarecimentos devido ao dever de sigilo legalmente decretado.

Além de Marcelo Crivella, também o ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos-RJ), o empresário Rafael Alves e o ex-tesoureiro de campanhas eleitorais de Crivella, Mauro Macedo foram alvo da operação. Há ainda mandados contra Fernando Morais (delegado), Cristiano Stokler e o empresário Adenor Gonçalves. Eduardo Lopes não foi encontrado pela polícia e esta aguarda que ele se entregue.

Em causa estão acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Segundo a investigação, as empresas que quisessem assinar contratos com a Prefeitura ou que tivessem dinheiro a recuperar do município tinham de pagar um suborno ao empresário Rafael Alves que, em troca, facilitava a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.

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