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Precisamos de autonomia para pessoas com deficiência e direitos para cuidadores

Na visita à feira da Senhora da Hora, Catarina Martins foi abordada por duas mães cuidadoras que apresentaram os seus problemas. A coordenadora do Bloco defendeu autonomia das pessoas com deficiência e direitos para cuidadores. E lembrou que o partido se bate pela vida independente e estatuto do cuidador informal.
Catarina Martins na feira da Senhora da Hora. Setembro de 2019.
Catarina Martins na feira da Senhora da Hora. Setembro de 2019. Foto de Paula Nunes

Porque uma campanha “é também ouvir as pessoas e perceber as suas preocupações”, Catarina Martins escutou, na feira da Senhora da Hora, duas mães cuidadoras de filhos com deficiência que apresentaram “reivindicações que são muito importantes”.

A coordenadora do Bloco respondeu-lhes apoiando as suas exigências, considerando que, em primeiro lugar, é preciso “que os seus filhos tenham apoio, tenham a capacidade de ter emprego”. Nesse sentido, recordou que “aprovámos nesta legislatura legislação para regular o acesso das pessoas com deficiência ao trabalho, às quotas que são obrigatórias e que muitas vezes não são cumpridas”.

Catarina Martins não deixou de sublinhar que “precisamos de fazer mais, precisamos que a lei da vida independente seja uma realidade para que as pessoas com deficiência possam ter autonomia, possam ter acesso ao emprego, possam ser respeitadas como cidadãs e cidadãos”.

Em segundo lugar, reiterou que “precisamos também que estas mulheres tenham os seus direitos garantidos” como o prova o caso destas duas mães que não podem trabalhar porque estão a cuidar dos seus filhos com deficiência. Estas mulheres são duplamente penalizadas “hoje falta-lhes o salário, e é preciso mais apoio, mas falta-lhes também no futuro a carreira contributiva pelos anos de cuidado dos filhos”.

Questionada pelos jornalistas sobre o balanço do trabalho neste setor durante a legislatura, Catarina Martins afirmou que o Bloco se bateu pela vida independente das pessoas com deficiência e foi também quem propôs um estatuto do cuidador informal. Para a dirigente bloquista, estas duas bandeiras “são importantes não por serem do Bloco mas por terem tanto impacto na vida das pessoas” e é preciso “mais força para que o que foi agora aprovado em se concretize com uma densidade orçamental para que os apoios cheguem a todas as pessoas que precisem”.

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