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Precisamos de autonomia para pessoas com deficiência e direitos para cuidadores
Porque uma campanha “é também ouvir as pessoas e perceber as suas preocupações”, Catarina Martins escutou, na feira da Senhora da Hora, duas mães cuidadoras de filhos com deficiência que apresentaram “reivindicações que são muito importantes”.
A coordenadora do Bloco respondeu-lhes apoiando as suas exigências, considerando que, em primeiro lugar, é preciso “que os seus filhos tenham apoio, tenham a capacidade de ter emprego”. Nesse sentido, recordou que “aprovámos nesta legislatura legislação para regular o acesso das pessoas com deficiência ao trabalho, às quotas que são obrigatórias e que muitas vezes não são cumpridas”.
Catarina Martins não deixou de sublinhar que “precisamos de fazer mais, precisamos que a lei da vida independente seja uma realidade para que as pessoas com deficiência possam ter autonomia, possam ter acesso ao emprego, possam ser respeitadas como cidadãs e cidadãos”.
Em segundo lugar, reiterou que “precisamos também que estas mulheres tenham os seus direitos garantidos” como o prova o caso destas duas mães que não podem trabalhar porque estão a cuidar dos seus filhos com deficiência. Estas mulheres são duplamente penalizadas “hoje falta-lhes o salário, e é preciso mais apoio, mas falta-lhes também no futuro a carreira contributiva pelos anos de cuidado dos filhos”.
Questionada pelos jornalistas sobre o balanço do trabalho neste setor durante a legislatura, Catarina Martins afirmou que o Bloco se bateu pela vida independente das pessoas com deficiência e foi também quem propôs um estatuto do cuidador informal. Para a dirigente bloquista, estas duas bandeiras “são importantes não por serem do Bloco mas por terem tanto impacto na vida das pessoas” e é preciso “mais força para que o que foi agora aprovado em se concretize com uma densidade orçamental para que os apoios cheguem a todas as pessoas que precisem”.
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