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Precários da RTP enviam Cerebrum Forte à ministra para lembrar precariedade

Três anos após o início do PREVPAP, há mais de 130 precários na RTP que não viram a sua situação regularizada. Estes trabalhadores enviaram uma caixa do suplemento alimentar à ministra do Trabalho que se tem “esquecido” de reunir com eles.
Trabalhadores precários da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) durante uma concentração em protesto junto às instalações do Centro de Produção da RTP/ Porto, em Vila Nova de Gaia, Porto, 17 de dezembro de 2018. FERNANDO VELUDO / LUSA
Trabalhadores precários da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) durante uma concentração em protesto junto às instalações do Centro de Produção da RTP/ Porto, em Vila Nova de Gaia, Porto, 17 de dezembro de 2018. FERNANDO VELUDO / LUSA

Intitulam-se “os precários desprezados da RTP”. Os trabalhadores da RTP que não viram a sua situação regularizada no âmbito do PREVPAP enviaram esta segunda-feira uma carta a Ana Mendes Godinho. Junto com a missiva foi uma caixa de Cerebrum Forte, uma marca de suplementos alimentares destinada a estimular a memória.

Isto porque a ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social tinha garantido estar disponível para reunir com estes trabalhadores mas não respondeu ao seu pedido de audiência. A caixa do suplemento pretende assim “avivar a sua memória” já que “terá sido por um qualquer lapso de memória (Cerebrum, Senhora Ministra, Cerebrum…) que até hoje não anuiu ao apelo dos precários da RTP relativamente ao pedido de audiência e de avaliação justa e isenta”, ironizam.

Nesta empresa há 130 trabalhadores precários com candidaturas ao PREVPAP, regime especial de vinculação de trabalhadores da Função Pública, cuja situação ainda não foi resolvida. A RTP enviou um parecer tendencialmente negativo à Comissão de Avaliação Bipartida, o órgão que deverá avaliar se as suas funções correspondem a necessidades permanentes.

A preocupação destes trabalhadores é crescente até porque têm a informação de que a CAB da Cultura está “prestes a fechar portas sem dar a mesmíssima atenção e rigor na avaliação de 130 casos de precários da RTP conforme efetuado para os demais casos e, assim, dar por concluído um tema tão fraturante e decisivo na vida destas pessoas, que merecem e têm direito à igualdade de tratamento e oportunidades dados a todos os casos já homologados e/ou alvo de efetiva integração”.

Para além dos 130 casos ainda por avaliar, há vários outros ainda à espera que o processo de vinculação chegue a bom porto: 42 falsos recibos verdes e 46 falsos casos de outsourcing esperam pela luz verde do governo, depois da CAB ter determinado que ocupavam postos de trabalho permanentes, tendo direito a um contrato estável. Isto para não falar em muitos dos que foram contratados depois do fim dos prazos que permitiriam entrar no PREVPAP.

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