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Pompeo e Netanyahu vieram reunir a Lisboa mas jornalistas portugueses ficaram à porta
Portugal servia-lhes para o encontro mas os jornalistas não serviam para o noticiar. Michael Pompeo e Benjamin Neatnyahu reuniram em Lisboa esta quarta-feira. A cobertura do evento foi permitida apenas aos jornalistas que acompanharam os respetivos líderes a partir dos seus países e a um conjunto selecionado de jornalistas de meios de comunicação social internacionais.
Os jornalistas da agência noticiosa nacional foram dos que ficaram à porta. A Lusa esclarece que, tendo chegado ao hotel onde o encontro se realizava, deparou-se com o conselheiro de imprensa da embaixada dos Estados Unidos, Todd Miyahira, que informou que “quer a fotografia do encontro quer uma posterior conferência de imprensa estavam vedadas aos jornalistas portugueses, sem contudo avançar uma razão para o facto”.
O governo português desvincula-se do sucedido. Questionado pelo jornal Público, o Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu que “não foi informado da existência desta conferência de imprensa nem das regras a que obedeceu e que, como se sabe, não são regras que siga ou com que concorde”. O governo fez saber ainda que a reunião apenas “ocorreu em Lisboa por razões puramente logísticas.”
O Sindicato dos Jornalistas critica a postura dos governantes norte-americano e israelita. Em comunicado emitido esta quinta-feira, anunciou que apresentará um protesto formal nas embaixadas destes países uma vez que “tal opção (…) põe em causa o acesso às fontes de informação e revela um comportamento antidemocrático e atentatório contra a liberdade de imprensa”.
Também a Lusa ficou desagradada com a situação e pretende agir através da apresentação de uma à Entidade Reguladora da Comunicação Social.
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