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Polícia de Hong Kong acusada de abuso de autoridade
A polícia de Hong Kong atacou, na manhã desta quarta-feira, os manifestantes que se concentravam na Lung Wo Road, usando gás pimenta para dispersar a multidão e prendendo 45 pessoas. A televisão de Hong Kong TVB surpreendeu um grupo de polícias levando à força um manifestante para um canto escuro, onde foi repetidamente esmurrado e pontapeado. Os polícias, porém, não sabiam que estavam a ser filmados.
O manifestante foi mais tarde identificado como Ken Tsang Kin-chiu, militante do Partido Cívico. “Pelo que pudemos ver, Tsang estava algemado quando foi levado”, disse o líder do partido, Alan Leong Kah-kit. “Este uso da força policial é um flagrante abuso de poder e, pelo que se pode ver, o polícia responsável devia ser no mínimo investigado”.
O secretário-geral da Federação dos Estudantes, Alex Chow Yong-kong considerou a ação da polícia um abuso de autoridade.
Polícias afastados das funções
A polícia abriu uma investigação e informou que os polícias que agrediram o ativista algemado foram “afastados das funções”, disse um porta-voz.
Ironicamente, o ativista agredido é membro do Comité eleitoral que elege o governador, em representação da Segurança social. Os protestos que duram há três semanas querem obter o direito de eleger diretamente o governador, ao contrário da eleição indireta realizada através desse Comité Eleitoral.
Ainda durante a manhã, cerca de 150 manifestantes concentraram-se diante da esquadra de polícia para entrar e preencher uma queixa contra a atuação policial. Depois de muitas negociações, a polícia acabou por autorizar a sua entrada, em pequenos grupos.
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