Está aqui

Plataforma Cultura em Luta convoca protesto para 6 de novembro

Segundo a Plataforma Cultura em Luta, a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2018 “confirma a incapacidade de traçar o novo horizonte necessário e urgente” no setor. Protesto “A Cultura não se fica” foi agendado para 6 de novembro, às 18h, no Campo das Cebolas, em Lisboa.

Em comunicado, a Plataforma Cultura em Luta manifesta “profunda insatisfação com o rumo até agora seguido” no setor da Cultura e com “aquilo que este orçamento revela quanto ao futuro”, apelando a organizações e cidadãos para que participem no protesto “A Cultura não se fica”, agendado para 6 de novembro, às 18h, no Campo das Cebolas, em Lisboa, “ou noutras cidades onde ações idênticas se vierem a realizar”.

A Plataforma sinaliza que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2018 “confirma a incapacidade de traçar o novo horizonte necessário e urgente” no setor, mantendo a Cultura “no grau zero de financiamento, espelhando assim o nível de indigência da política cultural do governo que prolonga uma história de décadas de desresponsabilização do Estado”.

“O investimento do Estado na Cultura não aumenta, são propostos cortes em diversas estruturas e os aumentos apoiam-se, em muitos casos, no hipotético aumento de receitas”, refere a Cultura em Luta.

De acordo com esta Plataforma, com o OE para 2018 “permanecem as linhas essenciais de desvalorização, de empobrecimento, de elitização, de desresponsabilização e de investimento anémico na atividade cultural”.

Além disso, tanto no OE, “como nas linhas com que se vai cosendo a política cultural deste governo, cresce exponencialmente a aposta na profunda mercantilização de toda a atividade cultural, fazendo depender o financiamento: da cultura de indústrias como o turismo, a restauração e a produção de eventos; do falso mecenato e de interesses empresariais e corporativos; e do agenciamento ideológico, através de programas que impõem temas, formatos e dinâmicas de conteúdo propagandístico”.

A plataforma reforça a “exigência de uma viragem política assente no programa de 12 eixos – Um Horizonte para a Cultura, firmado no ano passado por mais de 60 estruturas culturais e representativas do trabalho cultural, nacionais, regionais e locais e centenas de personalidades”.

Estão representados no Grupo de Coordenação da Plataforma Cultura em Luta a Associação Profissional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, o Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espectáculo e do Audiovisual - CENA, a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, o Manifesto em Defesa da Cultura e o Sindicato dos Trabalhadores da Arqueologia.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Sociedade
(...)